Hoje faz 192 anos do falecimento do Cônego Santa Apolônia que foi um dos maiores sacerdotes e políticos dos tempos antigos.Foi um dos primeiros nascidos em nossa terra a ter destaque no estado ,tanto no clero como na política.
Quem foi CÔNEGO SANTA APOLÔNIA ?
Seu Nome Francisco Pereira de Santa Apolônia ,nascido em Carijós (atual Conselheiro Lafaiete MG) em 8 de abril de 1743. ¹ (não se sabe o local exato,provavelmente nasceu na parte central da cidade)
Filho de Apolinário Pereira de Araújo e Luíza Maria Santa Apolônia (fonte:manuscrito inédito de Padre José Duarte ,pagina denominada 17) ,(Mas segundo Avelina Noronha o nome seria "Luíza Maria Rosa").
Sendo que o Cônego era irmão do Padre Farjado (José Maria Farjado de Assis,ordenado em 1768 foi vigário em Pouso Alto,falecido em 1839) .
Sobre seu sobrenome ser "Santa Apolônia " ,não refere-se ao dia que ele nasceu,já que o dia da santa é 9 de fevereiro. Pode ser que alguém da família era devoto da referida santa.
Foi ordenado Sacerdote em 1763 ²
O Cônego Santa Apolônia tentou levar para Queluz (Lafaiete) para ser a sede do Bispado de Mariana ² e seria instalado no antigo Solar do Barão de Queluz (de frente a Matriz) ³
Faleceu em Mariana,aos 10 de julho de 1831 aos 88 anos. ¹
Onde Morava o Cônego ?
Sabe se que o Cônego morava num casarão de fronte à Matriz. Segundo o historiador Alex Milagre,existe a dúvida se o cônego morava no casarão do Barão de Queluz (na praça da Matriz) ou se era no Solar do Barão do Suassuí . Mas é certo que no Barão de Suassuí morava o seu irmão Padre Farjado.
Para a Historiadora Avelina Noronha,o Cônego morava no Solar do Barão de Queluz,porque o morador antigo desse casarão o Juiz Francisco de Paula Ferreira Rezende (morou entre 1857 a 1861 no local) fala que nesse casarão havia uma biblioteca do Santa Apolônia que cobria as paredes e também havia livros valiosos. (na minha opinião mesmo a biblioteca tendo sido livros dele,não prova que ele morou aí)
Mas não há uma confirmação oficial de qual casa ele morou,mas um dia espero que possamos confirmar esse fato.
Cônego Um defensor ambiental
Avelina Noronha escreve no jornal on line Correio de Minas em dezembro de 2018 sobre o Cônego com essa palavras.
“Do rio Doce pode se dizer que todo ele se pode chamar uma nova Índia Oriental em pedrarias e metais”. (Padre Simão de Vasconcelos (1597-1771). Notícias curiosas e necessárias das coisas do Brasil. Lisboa, 1668. Ribeirão tão rico que o ouro sai em granitos em qualquer parte, que se prova”.ESTA É A RAZÃO DA LUTA DO CÔNEGO FRANCISCO PEREIRA DE SANTA APOLÔNIA, em 1825, contra a concessão de privilégios dados a uma companhia anglo-brasileira de navegação do rio Doce. Ele foi contra os direitos de exclusividade para a exploração das supostas minas de ouro e lavras de diamantes na bacia do rio Doce. Ele escreveu: " E quem ousará negar,que no espaço de 20 ou 30 anos possam os ingleses extrair todos os nossos tesouros encerrados naquele abençoado terreno ? "
Por essa referência pode-se avaliar o valor intelectual e patriota de nosso conterrâneo e dizer que ele honrou a terra em que nasceu. É Essencial que a comunidade conheça o mais amplamente seus vultos ilustres do passado.Santa Apolônia é citado em um site de história mineira como UM DOS NOTÁVEIS POLÍTICOS DO SÉCULO XIX. Sua trajetória pública se iniciou quando fez parte da Segunda Junta eleita em 23 de maio de 1822 para governar a Província de Minas Gerais. Em seguida participou do Governo Provincial, ficando, em certo período, como Presidente da Junta. Assumiu a presidência da Província de Minas Gerais por quatro vezes, tendo sido vice-presidente cinco vezes. Foi deputado à Assembleia Constituinte do Brasil em 1823.Santa Apolônia nasceu em Carijós, no dia 8 de abril de 1743. Seus pais eram Apolinário Pereira e Luísa Maria Rosa. Estudou no Seminário de Mariana, no Rio de Janeiro e em Coimbra, onde se licenciou em Direito Canônico e se ordenou presbítero.
Foi bispo por alguns dias, chantre e vigário geral de Mariana, onde faleceu a 10 de julho de 1831. Outro destaque é o seu brilhantismo como orador, considerado um dos maiores oradores de Mariana na época em que viveu, o que pode ser comprovado com os relatos da missa solene em ação de graças, na Igreja Matriz de Nossa Senhora do Pilar, que a Câmara de Ouro Preto mandou celebrar, em 1819, pelo nascimento em Portugal da Princesa da Beira, pretendente ao trono de Portugal. Nessa tão importante solenidade, o orador foi o “Reverendo Francisco Pereira de Santa Apollonia” como é relatado numa carta enviada a Portugal."
VIDA POLÍTICA DO CÔNEGO
. Chegou a Ser Governador Interino de Minas entre 1822 a 1826,durante a ausência do titular.
2° JUNTA – ELEITA A 23 DE MAIO DE 1822 (1;
(Posse a 24 Maio do dito anno)
- Manoel de Portugal e Castro — presidente
Luiz Maria da Silva Pinto .. secretario
Capitão-mór Custodio José Dias
Coronel Romualdo José Monteiro de Barros
Cônego dr. Francisco Pereira de Santa Apolônia
Luiz Pereira dos Santos
Capitão-mór Manoel Teixeira da Silva
Nota: — Pouco depois de proclamada a Independência e da aclamaçâo de Pedro I como Imperador, d. Manoel de Portugal e Castro deixou a administração, retirando-se de Minas (13 de outubro de 1882) e do Brasil.
Substituiu-o na presidência da Junta o cônego dr. Santa-Apolônia.
GOVERNO PROVINCIAL
(período imperial)
PRESIDENTES E;VICE-PRESIDENTES
1 — Dr. José Teixeira da Fonseca Vasconcellos (depois Barão e Visconde de Caeté) — presidente
— Dr. Theotonio Alves de Oliveira Maciel — vice-presidente
— Cônego dr. Francisco Pereira de Santa-Apolônia — vice-presidente
1 — Dr. José Teixeira da Fonseca Vasconcellos. (presidente) reassume o governo
Governadores em Minas Gerais
Luiz Antonio Silva e Souza (cônego) …
Francisco de Santa Apolônia (Padre)(1822)
Vice-Presidências em Minas Gerais
Francisco Pereira de Santa Apolônia (Padre Dr.)
Cônego dr. Francisco Pereira de Santa Apolônia — vice- presidente
HOMENAGEM
No Bairro Fonte Grande,em Conselheiro Lafaiete. Existe uma rua em sua homenagem,a rua Santa Apolônia.
fontes: ¹ Texto escrito por Avelina Maria Noronha,para jornal Correio da Cidade edição 24/1 a 30/1/2015 .
² Manuscritos inéditos de Padre José Duarte de Souza Albuquerque ,1978
³ Segundo o historiador Romeu Guimarães
Escritos de Jornal de Avelina Maria Noronha. Edição do Jornal Correio da Cidade edições: 10/1 a 16/1/2015 ; 24/1 a 30/1/2015 ; 4/3 a 10/3/2017. jornal Correio de Minas edição on line de 18/12/2018
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