sexta-feira, 19 de outubro de 2018

REGIÃO DOS MOINHOS

REGIÃO DOS MOINHOS

 Hoje vou falar da região do bairro Moinhos,localizado na região sudeste,de Conselheiro Lafaiete. É uma região antiga que pelo menos no nome já era citado no final do Século XVIII.

                          
                        foto:Arquivo Pessoal,19/10/2018

 Nome

 O bairro tem esse nome porque no córrego que leva o nome do bairro,havia moinhos. E esse córrego Moinhos,deságua no Rio Ventura Luiz.
 Já ouvi dizer que era um moinho de fubá que existia. 


 Córrego dos Moinhos
foto:Arquivo Pessoal,19/10/2018

Região

 Como falei a região é antiga,e o caminho atual Rua Francisco Lobo vai para região dos Violeiros,Fazenda Água Limpa (Lafaiete) e saída até para Santana dos Montes e Itaverava,evidentemente é mais longe.
 E desde a década de 1990 e a década atual,muitos loteamentos foram abertos nessa região e são atuais bairros Jardim das Flores,Jardim do Sol,União,Vila Rica,Santa Clara,Parque Cidade,Condomínios: Vivendos da Natureza e o Monte Verde. E próximo ao Bairro São José existe uma estrada vicinal que sai nos Vargas,e aquela região é considerada Moinhos também

 Notas antigas do bairro

  Meu avô José Moreira,me contou que mais ou menos na década de 1950 ou 1960,só havia duas casas no Moinhos,e havia quatro bicas d'água próximo ao córrego.
  O Jornal Panorama edição de 17 a 23/8/1978 diz que no bairro havia 62 casas,e cerca de 300 moradores,era o único sem energia elétrica.

Fazendas antigas

 Em pesquisa,que fiz nas Sínteses de Cartas e Sesmaria,escrito pelo Historiador Joaquim Rodrigues de Almeida (Quincas) fala sobre o "moinhos".

 " 1793. José Antônio de Azevedo e sua mulher Maria Madalena de Jesus venderam a Miguel Francisco Vieira,o moço e terra,nos MOINHOS subúrbios desta vila... "

 Num documento de 19 de maio de 1794 também cita os Moinhos.
Em documentos que vi no site Queluzdeminas pesquisado no Arquivo Público Mineiro,fala que entre século XIX e XX,tinha fazenda nessa região os senhores Francisco Fulgêncio Paula,Manoel Antônio Ferreira e Pedro José dos Santos.

 Ruas Principais

  Francisco Lobo e Cruzeiro



 Rua Francisco Lobo
 fotos: Arquivo Pessoal,19/10/2018


Cruzeiro dos Moinhos

 

foto:Arquivo Pessoal,19/10/2018

 Segundo o Livro "Cruzeiros de Lafaiete" de Antônio Luiz Perdigão,ano 1990,diz que esse atual cruzeiro de concreto foi construído em maio de 1990,pelos senhores José Serapião de Castro e Jair Cirilo. Ele tinha um galo em cima mas não tem mais.       (mais informações leia nesse mesmo blog,março de 2017).
 Por volta de 2011 começou a fazer o Condomínio Vivendos da Natureza,atrás desse cruzeiro,pronto alguns anos depois.

Igreja Católica


                       foto:Arquivo Pessoal,19/10/2018

 A Igreja de São José Operário,foi concluída na década de 1980,pelos moradores a pedido do Padre Cornélio Moerell (1915-1995).
 Segundo a moradora do bairro a senhora  Zélia,a igreja começou a ser construída por volta de 1973,e até mesmo nessa época colocaram a pedra fundamental. E a mesma já estava pronta em 1985.
 A igreja é filial da Paróquia São João Batista.

Curiosidades

 Dizem que os primeiros moradores dessa região seriam escravos que fugiram de fazendas da região.

 A ponte sobre a rua do Cruzeiro foi concluída em agosto de 2010.

A Escola Municipal  Jair Noronha,segundo o site portal123.com/lafaiete diz que a escola foi inaugurada em 1990.

No bairro tem também o Projeto "Roda Moinho",que faz parte do CEPROI Centro de Promoção Integral Nossa Senhora Menina,fundado pela irmã Anna Maria Maltese,em 1994 missionária Italiana,e o mesmo atende muitas crianças.
E a quadra do Bairro foi inaugurada em 2008,tem nome da irmã Maltese.

 Ponte dos Moinhos,na Rua Francisco Lobo saída para Violeiros,Bairro São José. (foto)

foto: Arquivo Pessoal,21/7/2018


 


terça-feira, 9 de outubro de 2018

BAIRRO ROSÁRIO DE LAFAIETE

BAIRRO ROSÁRIO DE LAFAIETE

  Hoje vou falar sobre o Bairro Rosário,na região central de Conselheiro Lafaiete.
  É um bairro antigo,que já existia no século XIX.

           Pracinha entrocamento da Barão de Coromandel e Amaro Ribeiro.
           foto:Arquivo Pessoal,9/10/2018

 Motivo do Nome

 Com a junção das ruas Barão de Coromandel,Assis Andrade,Pimentel Salgado,Amaro Ribeiro,Aprígio Andrade,João Pessoa e a Travessa Souza Salgado formam um Rosário (conhecido como o  terço para os Católicos). E no mapa percebe que o Bairro forma um Rosário visto do alto . E onde é a Pracinha é aquele triangulo do terço,onde pretendem construir uma capelinha ou oratório.
  No bairro não tem igreja ou capela de Nossa Senhora do Rosário,mas no passado Padre Américo queria construir uma capela e não foi feito.
  Existe até um projeto em construir uma capelinha,nessa pracinha do bairro,já tem até imagem da padroeira,mas falta virar realidade o projeto.

Capela não Construída

 No livro "De Villa Real de Queluz a Conselheiro Lafaiete" de Antônio Luiz Perdigão,página 109 e 110,fala sobre essa capelinha não feita.

 " A colina que começava na atual rua Afonso Pena,até sua descida para o bairro Fonte Grande,era que quase toda tomada por um pasto. Os pretos livres e escravos,não fugindo à regra que havia em outras vilas,fundaram na Vila de Queluz a Irmandade de Nossa Senhora do Rosário. Para a construção da capela foi escolhido o "Alto da Colina",local em que,por sua posição estratégica,a vista atingia longa distância,além de estar próximo da Matriz de Nossa Senhora da Conceição e da Capela do Carmo. O vereador João Antônio Nogueira Coelho,que era possuidor de um enorme terreno que servia de pasto,foi quem doou a área à irmandade para que nela fosse construída a capela.
 Com missa campal,foi elevado um grande cruzeiro de madeira,junto do qual deveria ser erguida a Capela de Nossa Senhora do Rosário. O local onde foi erguido o cruzeiro e em que,posteriormente,iria ser construída a capela,ficava onde hoje começa a Rua Nogueira Coelho,no cruzamento com a João Pessoa.
  O velho Vigário Padre Américo Taitson sempre ia ao Rosário visitar o Capenga,ver o cruzeiro e o local onde deveria ser construída a Capela. A irmandade do Rosário era,muito pobre e nunca conseguiu capital necessário para a construção da pequena capela. "

 Capenga

 Segundo Antônio Perdigão no livro "De Villa Real de Queluz a Conselheiro Lafaiete" de Antônio Luiz Perdigão,na página 109 e 110,diz que atrás do cruzeiro havia algumas casas mais antigas,e numa delas morou o Capenga.

 "... Seu nome era Antônio Emílio;sofria ele de um mal que lhe produzira uma grande ferida no pé,obrigando-o a usar sempre um bastão quando caminhava. Dai o povo o chamava de "Capenga".
  A velha casa onde ele morava era baixa,tendo duas portas e diversas janelas à frente;ocupava toda a largura da atual Rua João Pessoa,que ali terminava. "
  
 Perdigão também fala que quando o cruzeiro começou a rachar ainda havia moedas que as pessoas doavam para a construção da Capela,e tinha alguns meninos que pegavam as moedas e Capenga achava ruim com a meninada.


Casas AAB

 Segundo Perdigão,o maquinista Antônio Albuquerque Brandão,comprou várias casas no Bairro,e algumas delas tinha as iniciais do seu nome  A. A. B  (não sei dizer se ainda existe alguma ainda).
 E a rua da escadinha tem o nome de Antônio Albuquerque Brandão.




Rua Amaro Ribeiro década de 1940,e a primeira casa tinha as letras AAB
foto:Etelvino Leite,álbum de fotos antigas 2006


Principais Ruas

 Assis Andrade,Barão de Coromandel,Amaro Ribeiro,Avenida João Pessoa,Nogueira Coelho e Aprígio Andrade.

 Rua Assis Andrade,9/10/2018
 foto:Arquivo Pessoal

Curiosidades

 No bairro nasceu a Compositora Helena dos Santos Oliveira (1922-2005),que trabalhou junto com o Cantor Roberto Carlos.

 No bairro existia fabricação das Violas de Queluz,da Família Salgado que moravam na rua do rosário (atual Assis Andrade).

Nesse Bairro foi a primeira sede do Museu e Arquivo Antônio  Perdigão,que em 2 de janeiro de 1976,foi inaugurado numa casa que funcionava na Rua Barão de Coromandel,230. Hoje funciona na Praça Tiradentes.

É sede da Banda Musical Nossa Senhora das Graças.