sexta-feira, 25 de novembro de 2016

FAMÍLIA LOPES DE ASSIS

FAMÍLIA LOPES DE ASSIS

 Dentre as grandes famílias da região de Queluz de Minas (atual Conselheiro Lafaiete),vou citar a família Lopes de Assis,que é resultado da união de duas famílias: Lopes de Faria,procede de Caranaíba,dos Rodrigues Pereira,da Fazenda dos Macacos e dos Chagas de Lamim.
 O Tenente Felisberto da Costa Pereira casou em Itaverava com Eufrásia Maria de Jesus,e tiveram 8 filhos entre eles o Antônio Rodrigues Pereira (pai do Conselheiro Lafaiete) e Padre Francisco Pereira de Assis,e graças a esse sacerdote o nome Assis,continuou e por ser um Rodrigues Pereira esse devia ser o seu sobrenome,mas como nasceu no dia de São Francisco de Assis em 4 de outubro de 1787,ganhou esse sobrenome. E tornou sacerdote em 1815,foi vigário em Itaverava,e chegou a participar da Revolução Liberal de 1842,faleceu em 1862. E por fragilidade humana Padre Francisco teve duas filhas com Cândida (Nhanha da Cachoeira) essa vivia na Cachoeira do Santinho em Santana dos Montes,e era descendente do tronco da família Chagas e de Manoel Vaz de Lima,e o nome das filhas era Adelaide Cristina de Assis e Henriqueta Cândida de Assis (casou com Joaquim Tavares Coimbra).
 Adelaide nascida por volta de 1838,era muito influente em Caranaíba (Glória),e ela casou com José Lopes de Faria,e desse casamento resultou os seguintes filhos: José Lopes de Assis ( falecido em 11/1/1907 e casou com Luiza Clara de Jesus que era filha de Manoel Henriques Pereira,conhecido como sodré do Raposo,e José e Luiza eram meus trisavós),Francisco Lopes de Assis (casou com Maria Cândida,eles eram meus trisavos),Maria Alexandrina de Assis (casou com José Alexandre Henriques;la Cordaile,vulgo tilaá,casou com Adelaide Augusta da Cunha;Cristiano Lopes de Faria casou com Maria Rodrigues Pereira;Filomena Augusta de Assis casou com o primo Gabriel Henriques dos Reis;Alfredo Lopes de Assis casou se com Maria (dona cota);Cândida casou com José dos Santos Monteiro;Marcides casou com Jacó Lopes de Faria;Júlia casou com Gualberto Henriques;Gabriel casou com Minervina Vieira. E a Família continuou crescendo,e a maior parte era residente em Capela Nova(que pertencia Queluz a muitos anos atrás),mas cada um espalhou para outras cidades,e em Conselheiro Lafaiete tem descendentes dessa família Lopes de Assis.

Fonte: Livro Laços de Família,de Ilka de Castro Moreira Villela,páginas 75 e 76. E anotações pessoais.

sexta-feira, 18 de novembro de 2016

FAZENDA BANANEIRAS

FAZENDA BANANEIRAS

         Essa foto é provavelmente da década de 1970,e a fazenda Bananeiras era em frente a Escola Luiz de Mello,a que vemos na foto após o ultimo vagão,ao fundo.
foto:Acervo de Mauro Dutra de Faria.

Essa Fazenda é onde hoje o Bairro Santa Matilde,de Conselheiro Lafaiete,e o casarão que existia era em frente a atual escola estadual Luiz de Mello Viana Sobrinho,que já existia na época da Inconfidência Mineira,era conhecida como Estalagem das Bananeiras,e foi propriedade de João Dias da Mota.
 Na coluna "memórias Lafaietenses de Antônio Luiz Perdigão,ele diz assim: "... Lá,desde à Villa Real de Queluz,estava instalada a fazenda das Bananeiras,á margem da Estrada da côrte. Pertencia ao Barão de Suaçui que,além desta,possuia outras propriedades. Suas terras atingiam quase todo o vale e parte do morro do alto dos pinheiros. Com a morte do Barão,a propriedade passou para o capitão Antônio Furtado de Mendonça.
  Maria José Furtado de Mendonça Amaral,casada com João Evangelista do Amaral,herdaram a propriedade quando o capitão Antônio Furtado de Mendonça veio a falecer. Foram criados na fazenda: Maria Etelvina, Maria Amélia,Ana,Antônio,Ercília,olga,José,Rubens,Izabel,Maria Augusta e João,filhos do casal.
  Nos Escritos de Joaquim Rodrigues de Almeida (Quincas de Almeida) ele diz: que em 1808 o Capitão José Inácio Gomes Barbosa (Barão de Suaçui) e sua mulher Maria Joaquina de São José,eram residentes da fazenda Bananeiras. E que em "1929. Faleceu D. Maria José Furtado do Amaral,69 anos: Era viúva do Capitão João Evangelista do Amaral,deixando os filhos: Rubens Furtado do Amaral, Olga Furtado Bhering, casada com o Dr. Victor Bhering,e outras filhas. Era irmã dos Capitãos, Antônio Furtado de Mendonça e Francisco de Paula Mendonça. Donos da Fazenda Bananeiras".
   O casarão da Fazenda Bananeiras,ele iniciava mais ou menos de Frente a atual rua Capitão Furtado,e ia sentido a atual praça Humberto Bhering (trevo),mas não sei até onde ia,mas ele era grande. Diz os mais antigos,que em 1948 a companhia Santa Matilde,alugou esse casarão que chamavam de Fazenda Amaral,e chegou a viver nele várias famílias,cerca de sete. Dizem que nele morou uma senhora que chamava Jovercina,que morreu com quase 100 anos e nele morou também por uns tempos o José Apolinário Sobrinho.
  O casarão referido,foi demolido na década de 1960,antes de 1964,sendo hoje no seu lugar existem residências diversas,e nada restou dessas lembranças da Fazenda Bananeiras,hoje atual Bairro Santa Matilde.

terça-feira, 8 de novembro de 2016

QUINCAS DE ALMEIDA

QUINCAS DE ALMEIDA






foto:Acervo de Geraldo Souza Castro





 Ontem dia 7,fez 46 anos do falecimento do Jornalista e historiador,Joaquim Rodrigues de Almeida,conhecido como Quincas de Almeida. Nascido na fazenda de São Pedro,no Morro do chapéu (atual Santana dos Montes) em 27 de setembro de 1893,filho de Pedro Lino de Almeida e Maria Eugênia de Carvalho. Foi tipógrafo e tinha sua tipografia Almeida na Rua Afonso Pena,9 no centro de Conselheiro Lafaiete,sendo ele mesmo com dificuldades editou a segunda edição da obra sobre a  História da Revolução de 1842 acontecida em Minas Gerais,e que teve passagem em nossa Queluz de Minas.
  Quincas também foi membro da Associação Brasileira de Imprensa,e quase cego,levantou a história do Campo Alegre dos Carijós,de Queluz e seus distritos e fez fichário de todas as famílias que povoaram o início de Conselheiro Lafaiete,sendo alguma das obras estão no Museu e Arquivo Antônio Perdigão.
 Sem dúvida Quincas de Almeida,foi um dos melhores Historiadores que a cidade já teve,e que na minha opinião ele ao lado do Padre José Duarte,são a maior referência na genealogia da antiga Queluz.
  Quincas faleceu em um hospital de Belo Horizonte,em 7 de novembro de 1970,e foi sepultado no cemitério Nossa Senhora da Conceição,de Conselheiro Lafaiete,em um dia chuvoso. Em 1979,até foi aprovada uma rua com seu nome que ligava a praça Chiquito Furtado até a rua Barão de Suassui,mas infelizmente mudou o nome da rua e hoje é o prolongamento da Avenida Prefeito Telésforo Cândido Rezende. Acho que a municipalidade poderia colocar o nome dele em outra nova rua.

fonte:texto de Avelina Noronha,sobre o Quincas de Almeida.

sexta-feira, 4 de novembro de 2016

PADRE CORNÉLIO MOEREL

PADRE CORNÉLIO MOEREL



 foto:Mauro Dutra de Faria
 Essa foto foi de quando o padre Cornélio fez 50 anos de ordenação sacerdotal.


 Hoje dia 4 de novembro,lembro de Padre Cornélio,que se estivesse vivo faria hoje 101 anos,nascido em Londenstaat,na Holanda em 1915. Pertencente a uma família rica,ele decidiu entrar na ordem dos padres do trabalho e se tornar sacerdote. Em 22 de dezembro de 1939 teve sua primeira profissão religiosa,e em 18 de julho de 1943,foi ordenado sacerdote.
 Em 1967,o Holandês veio para o Brasil,instalando em Conselheiro Lafaiete,e ficou como padre cooperador na paróquia de Santa Terezinha. Em 1° de maio de 1969,foi nomeado pároco da recém criada paróquia do Bom Pastor. Como no bairro Santa Matilde não havia local para receber todo o povo,a cerimônia aconteceu na antiga Capela do São João e Cornélio passou a administrar as duas igrejas citadas. Na década de 1970,com ajuda do povo,ele construiu a nova igreja de São João Batista e a igreja do Bom Pastor,na Santa Matilde.
 E na década de 1980,o padre construiu a igreja de São José Operário,nos Moinhos,e deu assistência espiritual nos bairros São Dimas e Linhazinha. Em setembro de 1987,ele passou a administração da paróquia do Bom Pastor para o padre Maurício Peeters,e passou a ficar à frente somente da igreja do São João. Depois disso,Cornélio pediu ao Arcebispo de Mariana,Dom Luciano Pedro Mendes de Almeida,a criação da paróquia de São João Batista,e que foi criada em 19 de janeiro de 1990,e assim foi desmembrada do Bom Pastor.
 Em 1993 foi celebrado os seus 50 anos de sacerdote na paróquia de São João Batista. Depois de 15 anos de enfermidades intestinal,padre Cornélio faleceu no hospital e maternidade São José de Lafaiete,em uma manhã de 11 de agosto de 1995 e o corpo do sacerdote foi sepultado no interior da igreja de São João Batista.

Homenagens
 Uma rua no Bairro Jardim das Flores,e no Bairro São João tem um posto de saúde e um centro paroquial com seu nome.
Em 1983,a paroquiana Sirene de Assis Neves compôs um hino em homenagem ao padre,quando o mesmo fazia 40 anos de ordenação sacerdotal. Em 2009,a paróquia de São João Batista,lembrou do holandês pelos 40 anos que ele chegou a igreja,em maio de 1969.
  E o ano passado,2015 o autor desta postagem escreveu para o jornal correio da cidade (edição de 31/10/2015 a 06/11/2015) uma reportagem lembrando o centenário do padre Cornélio,e gosto de lembrar que foi esse sacerdote que me batizou.




Placa no interior da igreja de São João Batista,pelos 50 anos de ordenação sacerdotal em 1993.
foto: Arquivo Pessoal

quarta-feira, 2 de novembro de 2016

CEMITÉRIOS DE CONSELHEIRO LAFAIETE

CEMITÉRIOS DE CONSELHEIRO LAFAIETE

Antes de existir Cemitérios,o sepultamentos em nossa cidade e em todas cidades de Minas Gerais nos séculos XVIII e XIX eram realizados dentro das igrejas,e em Lafaiete já foram enterradas pessoas dentro da Igreja Matriz Nossa Senhora da Conceição,Capela do Carmo (não existe mais) e Santo Antônio.
  Na Área urbana de Conselheiro Lafaiete,atualmente existe 4 cemitérios e vou citar eles:
*Nossa Senhora da Conceição (foto) fundado em 6 de janeiro de 1887 localizado no Bairro Queluz,na Rua Monsenhor Horta S/N. e o primeiro enterro de Adolfo Albino de Almeida Cirino,filho do fundador do mesmo José Albino de Almeida Cirino
* Irmandade Santo Antônio de Queluz (dentro do Nossa Senhora da Conceição) localizado na Rua Monsenhor Horta,70 B. Queluz, foi fundado em 1922 por Romeu Guimarães de Albuquerque,que destinou essa área para a irmandade.
* Vale do Ipê fundado em 5/1/1985 é municipal,localizado na Rua Amintas Junqueira,44 no Bairro Santa Efigênia.
* Jardim do Éden,foi inaugurado em 1999. Por questões Ambientais custou a liberar seu funcionamento.
 Nas Áreas Rurais tem Cemitério em: São Gonçalo do Brandão, da Nossa Senhora da Boa Morte em Buarque de Macedo, N.S.Conceição na Passagem do Gagé foi reconstruído em 1995 e em São Vicente (antiga Tiririca).

Cemitérios que só ficaram no papel:

No Jornal "o Momento" n 145 de 30/11/1968 diz: " autoriza a construção de cemitérios..."
artigo 3 diz: "a) Nossa Senhora da Boa Morte em Buarque de Macedo,b)Cemitério da Paz (Coração de Jesus) c) Cemitério da Saudade (vista Alegre) d) Cemitério Bomfim (Gagé).
 Como se Vê apenas o de Buarque foi construído.
 Na década de 1930,o Monsenhor José Sebastião Moreira especulou construir um campo santo no alto do Guarani (vista Alegre),provavelmente onde tinha um cruzeiro e hoje uma capela de Santa Edwiges. A citação dessa especulação está num livro inédito de Allex Milagre,que diz que não enterrou ninguém por lá.
 Cemitério da Paz,esse seria o nome porque existia a Capela Nossa Senhora da Paz,onde hoje é a Basílica do Sagrado Coração de Jesus.
 

Cemitério Provisório

Por volta de 1926,a cidade sofreu uma epidemia de varíola,que atacou a população de Queluz em diversos bairros. E como morreu muitos em pouco dias, e o cemitério principal não havia espaço,teve que fazer um cemitério de emergência atrás da Capela Nossa Senhora das Candeias no Areal (hoje Igreja Nossa Senhora da Luz). Ali foi sepultado inúmeros corpos,e que durante a construção da br 040,ali foi encontrada grande ossada.

Ossadas encontradas no Colégio Estadual
Na década de 1940,na construção da Escola Estadual Narciso de Queiróz,foi encontrada ossadas humanas,que na época não fizeram exame para saber de época tratava,e jogou fora ainda. E supuseram ser de índios,por não ter feito tais exames é algo que não se pode confirmar.
 Mas é certo que os índios gostavam de enterrar seus entes queridos em locais altos.




ALAMEDA 2 DE NOVEMBRO

ALAMEDA 2 DE NOVEMBRO


 foto:Mauro Dutra de Faria

Alameda em 2012 e a outra foto nos anos de 1940.




 Em Conselheiro Lafaiete,a rua que tem essa denominação de Alameda 2 de novembro é em alusão ao dia de Finados,seu antigo nome era subida do Cemitério.Ela começa na praça Nossa Senhora do Carmo e termina no portão do cemitério Nossa Senhora da Conceição.E dizia que ninguém gostava de morar nas proximidades da capela do Carmo,que diz a lenda que era mal assombrada e perto de cemitério que ninguém gostava de morar mesmo. Mais o tempo passou e hoje tem muitas moradas em volta do Cemitério,no caso hoje tem o bairro Queluz
.
  No livro de Antônio Perdigão,de Vila Real de Queluz a Conselheiro Lafaiete,o autor conta um caso curioso,que aconteceu nesta alameda,que o José Bento era coveiro do cemitério,e morava numa pequena casa da subida,e ele bebia bastante e,embora morador perto e trabalhando no local,foi,após a sua morte,o defunto que mais passeou pela cidade. Certa noite morreu num porão de uma casa que ficava ao lado da capela do Carmo. Encontrado seu corpo pela manhã,foi levado para uma pequena capela que existia no interior do cemitério,aguardando que fizesse o caixão. Chegando ao local uma pessoa da família ,não gostou que o corpo de José Bento ficasse na capelinha e conseguiu que o velório fosse feito na capela do Carmo. Desceram a ladeira com o corpo no caixão retirando do cemitério e colocado na capela. Após o velório o féretro,prosseguiu até a matriz,a fim de que alma fosse encomendada. Cumpriu o ritual,voltaram carregando o corpo subindo com o mesmo pela segunda vez,a ladeira barrenta e escorregadia,para ser sepultada de vez.
 A alameda só foi asfaltada na década de 1970,durante o governo do prefeito Camilo.
  Já o Cemitério Nossa Senhora da Conceição foi fundado em 6 de janeiro de 1887,e foi graças a isso que abriu a alameda 2 de novembro,e em outra oportunidade falarei mais sobre ele. E para encerrar esse artigo lembro também que em 16 de julho de 1988,foi inaugurado o oratório de Nossa Senhora do Carmo no inicio dessa alameda,esse construído por Milton Lemos e teve a benção dos sacerdotes Padre João Batista pároco da Matriz e Monsenhor Hermenegildo do santuário Sagrado Coração de Jesus.