quarta-feira, 19 de agosto de 2020

MINHAS RECORDAÇÕES PARTE 3

    Continuando a focalizar o Livro  "Minhas Recordações" de Francisco de Paula Ferreira de Rezende. Hoje vou falar sobre o Capítulo 41,que vai da página 368 a 375,e o autor fala um pouco sobre Queluz ,atual Conselheiro Lafaiete.




      Praça Barão de Queluz por volta de 1930 (Não é 1938,porque a partir de 1935 a praça já tinha algumas colunas e a igreja de Santo Antônio já tinha torre)                  Foto: Museu e Arquivo Antônio Perdigão 

   Na página 368 o autor diz:

" A Casa em que morei em Queluz é a que fica defronte da Matriz e que ocupa toda a frente do largo entre a rua Direita e a outra que passa pelo lado oposto. Quase toda de pedra,a madeira que nela se empregou é tão grossa e de tal qualidade,que faz gosto vê-la que ao mesmo tempo admira. Entretanto,esta casa foi comprada algum tempo depois da revolução pela insignificante quantia de dois ou três contos de réis.

 Quando nela morei,ainda se viam em diversos lugares os sinais das balas que a haviam ferido no combate de 26 de julho de 1842;combate este de que a suma é seguinte:

 Tendo na véspera à noite sido a Vila flanqueada pelas forças do Capitão Marciano Pereira Brandão,que se emboscaram nas estradas de Congonhas,Suassuí e Ouro Preto,no dia 26 foi atacado do lado do Lava pés pela coluna do Coronel Antônio Nunes Galvão e do lado das Bananeiras pela do Coronel Francisco José de Alvarenga... " 

 Na página 369 Francisco de Paula fala que num sobrado onde atualmente é a Rua Comendador Baeta Neves (atual numero 24,na antiga Rua da Direita) Um filho do Coronel Galvão,de nome Fortunato Nunes Galvão tomou tiro do inimigo e veio a falecer num antigo casarão (de frente onde Ferreira de Rezende morava). 

  E com isso o velho Galvão não desistindo da luta ao ver o filho morto,disse assim : " É um que perco,mas três (filhos) ainda me ficam para darem a vida pela liberdade da nossa pátria. "

Na página 371 o autor conta uma fatalidade ocorrida também durante a Revolução de 1842,e diz:

  Em uma casa que havia quase defronte a cadeia,porém um pouco mais para o lado da Igreja do Carmo,morava em 1842 uma pobre mulher. Quando começou o ataque a Vila,foi tal susto que dela se apoderou,e a mulher fechou  todas as portas e janelas,ainda procurou um dos quartos,e ali foi esconder debaixo da cama. No dia seguinte quando se abriu a casa,foi encontrada a pobre mulher morta debaixo da Cama e banhada no seu sangue.

Nesse Capítulo o autor focalizou mais sobre a Revolução de 1842. 

(CONTINUA) 

  

Nenhum comentário:

Postar um comentário