terça-feira, 26 de junho de 2018

VIAJANTES EUROPEUS EM QUELUZ PARTE 2 / FINAL

VIAJANTES EUROPEUS EM QUELUZ  PARTE 2 / FINAL

  Concluindo o assunto sobre os viajantes Europeus que estiveram na Real Villa de Queluz,atual cidade de Conselheiro Lafaiete. Hoje falarei sobre dois importantes franceses que estiveram na região no Século XIX.


  SAINT-HILAIRE

O Francês Auguste de Saint-Hilaire
nasceu em 4/10/1779 em Orleans na França
falecido em 3/9/1853 em Turpinere na França

 Chegou ao Brasil por volta de 1816 e teria ficado no país até 1822. E esteve na região de Queluz em meados de 1818,e segundo o site da Unicamp diz que ele teria ficado na região de Minas por volta de 1817 a ? ,tem registros dele de Fevereiro a outubro de 1819 e Fevereiro de 1822 em diante até o final de 1822.

 Num livro que li qual não anotei o nome,diz que Saint-Hilare teve na Região de Queluz em fevereiro de 1818,saiu de Congonhas para São Brás do Suaçuí dia 13. E disse que o Rio Paraopeba nasce nas vizinhanças de Queluz...

Outra referência que encontrei falando do viajante francês,encontrei no livro Caminho Novo de Antônio Gilberto da Costa,na parte que refere do Arraial dos Carijós a Conselheiro Lafaiete e diz assim:

" Essa pequena Vila,que faz parte da comarca do Rio das Mortes,construída sobre uma crista elevada,seria bastante agradável se não fosse tão deserta,a rua que atravessa a estrada é larga e bem traçada,mas o mato ali cresce por todos os lados,casas bastantes lindas nos pareciam estar abandonadas,e quase todas estavam mal conservadas a ponto de cair em ruínas."

Essa é a visão de Saint-Hilaire sobre Queluz na época entre 1816 e 1822,lembrando que parte da Antiga Queluz,hoje são outros municípios que desmembraram depois.

 SAINT_ADOLPHE

Francês J.C.R. Miliet de Saint-Adolphe,o qual eu não encontrei datas de nascimento e falecimento desse viajante.
 Eu já quase confundi esse viajante com o outro que citei acima.
 O que sabe é que Saint-Adolphe esteve no Brasil entre 1816 a 1842,não sei se foi diretamente.

  No livro Garimpando no Arquivo Jair Noronha,de Avelina Noronha,na página 47,diz assim que  Saint-Adolphe esteve na região de Queluz e assim o viajante falou:

 " Uma bandeira Paulista viu um aldeamento de índios Carijós e mineradores que garimpavam nas faldas da Serra de Ouro Branco. Também se dizia que os índios ajudaram a construir a primeira igreja..."

 E já na página 80 do mesmo livro,diz assim:

" Os Garimpeiros que mineravam nas faldas da Serra do Ouro Branco trabalhavam de dia e vinham pernoitar em Carijós. "

  Só para destacar a informação do viajante mostra um tempo bem distante a qual o da época que ele esteve na cidade,e aí pode ter tido confusão de informação por parte de quem o informou. Os bandeirantes vieram por volta de 1690,e sendo assim passou mais de cem anos para que Saint-Adolphe ter vindo depois a cidade para coletar informações de um passado que ainda existe muitas dúvidas. Sobre a igreja não se refere a atual Matriz e sim uma antiga que havia antes,e até chegaram a dizer que a Taba dos Carijós seria na atual Praça Barão de Queluz,um fato duvidoso e sem comprovação.
 Na segunda frase diz que os índios mineravam na Serra e pernoitavam em Carijós. Na minha opinião a palavra faldas significa imediações ou na região do local citado. E não teria lógica sair da cidade onde hoje é Lafaiete e ir a Serra,e voltar no mesmo dia,pode ser que mineravam onde hoje é Passagem de Gagé ou outro local que tinha atividades de procura de ouro,ou até a possibilidade do viajante ter entendido errado ou quem passou a informação exagerou em alguns detalhes,e isso são coisas que deixam dúvidas para gente.

  Conclusão

  Só para concluir uma visão geral,o inglês Luccook não gostou da hospitalidade de Queluz,e até teria falado grosserias ao moradores segundo Saint-Hilaire,mas o inglês teve boa imprenssão das centenas de casinhas pintadas de branco isso em 1808.
 Já um decênio depois Saint-Hilaire achou Queluz deserta,e construções mal conservadas e algumas até em ruínas.
 Já o Austríaco Pohl em 1817 falou que a cadeia estava em situação precária,e funcionava a Câmara no mesmo prédio,e cita duas capelas nos extremos das ruas (a de Santo Antônio e a do Carmo,que não existe mais).
 Tanto o Inglês e o Austríaco fala que o Arraial havia três igrejas (Santo Antônio no alto da colina,localizada perto da estrada que ia para Congonhas,a Matriz Nossa Senhora da Conceição ao centro da cidade,e na saída para o Rio de Janeiro a Capela Nossa Senhora do Carmo).
  Pode ser que outros viajantes tenham vindo a Região da antiga Queluz.


 

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