legenda diz Licínio no Sítio do Eduardo Biagioni,em 17/6/1939. Á direita da foto,ficava a antiga Capela de São João. Talvez a foto mais antiga desse bairro
foto:Mauro Dutra Faria
Hoje vou falar de um dos maiores bairros da cidade,localizado na região Sul,de Conselheiro Lafaiete,que é o São João. Obviamente não teria sentido contar a história do bairro,sem falar da igreja,mas sobre ela vou falar no próximo artigo,para não estender o assunto.
ORIGEM DO NOME
No passado o bairro chamava Pinheiros,e tinha pessoas que diziam "espinheiros",alguns chamavam de "Alto dos Pinheiros". Porque o bairro tinha muitas árvores dessas.
A mudança do nome aconteceu porque tinha um ônibus que saia do Hotel Meridional e que ia até a Capela de São João,que era o ponto final,e o letreiro do mesmo estava escrito "São João",e sendo assim,o bairro passou a ter o nome do padroeiro do bairro,graças ao letreiro do ônibus. A mudança aconteceu por volta de 1973.
Vista parcial do bairro em 2013,tirada do alto da igreja.
foto:Mauro Dutra de Faria
PRINCIPAIS RUAS
Artur Bernardes,Benjamim Constant,praça José Silvestre de Freitas,Amazonas,Olegário Pinto,Adolfo Siqueira,Alexandrina de Queiroz,Antônio Reis,praça 21 de Abril e Alfredo Zebral.
RUA DOS PINHEIROS
Essa rua é atualmente as Ruas Benjamim Constant e Artur Bernardes,e começava atrás da Extinta Capela Nossa Senhora do Carmo e terminava na Capela de São João. Após a mesma a estrada vai para o povoado de São Vicente de Paulo (antiga Tiririca) e para Santana dos Montes.
A atual Benjamim Constant,que chamava Visconde de Pelotas (no final do século XIX),que no século XIX era conhecida como Rua das Violas,porque fabricavam muitas violas de Queluz,e era a rua que mais tinha fábricas.
No atual número 121 da rua,ainda existe um casarão antigo que pertenceu ao comendador Nemézio e teve a honra de hospedar o Imperador Dom Pedro II.
Antigo casarão do Comendador Nemézio,hoje propriedade particular da família Meirelles.
foto:reprodução do jornal do Lesma de 2008.
A primeira notícia do bairro é que em 1871,a Câmara Municipal pagou por uma obra feita nesta rua,por 40$000. Mas no livro de Cônego Marinho,que fala da Revolução Liberal de 1842,já cita o local denominado Pinheiros;embora nessa época praticamente não havia casas.
A lei de n° 350 de 12 de maio de 1926,a rua dos Pinheiros passou a denominar de Artur Bernardes. E com isso a rua dos pinheiros foi dividida ao meio e mudou os nomes,sendo a primeira metade Benjamim Constant e a segunda de Artur Bernardes.
Em 1931,o senhor Romeu Guimarães vendeu o terreno à dona Maria Rosa de Carvalho e até a década de 1910,o trecho da atual Artur Bernardes,era zona rural praticamente.
O fato curioso que desde o início da rua Benjamim a numeração das casas são consecutivas até o final da Rua Artur Bernardes,como se existisse apenas uma rua.
OUTRAS RUAS
Segundo o Jornal Lesma,em 2008,falando sobre o bairro,diz que a Rua Amazonas chamava rua nova,e até existia uma porteira onde é a entrada da mesma e a Rua Olegário Pinto,chamava rua do pinheirinho.
Já a Praça José Silvestre de Freitas,tem o nome do construtor da primeira Capela. Eu lembro muito da venda do senhor José Pinto,que existiu nessa praça até 2002. falarei mais da praça no próximo artigo.
Já a praça 21 de abril,tem um bonito coqueiro na praça.
RUA ADOLFO SIQUEIRA
Onde hoje situa a Rua Adolfo Siqueira,começa após a igreja,dizem que no passado a família Rezende era dona de muitas terras do lado esquerdo da via (sentido Santana) e do lado direito era da Família Amaral,rua que é caminho para São Vicente.
No livro de Lafaiete de Getúlio a JK,de José de Assis Silva,na página 55,ele diz sobre essa rua assim: "Nos anos 1940,foi criado ou recriado o serviço de vigilância Sanitária... (para fiscalizar os leiteiros)
Um estande foi montado logo após a capela de São João,lá ficavam um fiscal e um auxiliar.
Eis que,num determinado dia,a cidade recebe a trágica notícia: O fiscal assassinou um leiteiro..." (isso foi na década de 1940,algo inimaginável para Lafaiete na época)
E até a década de 1980,a rua tinha casas noturnas,que foram fechadas por volta de 1983. E na mesma rua funcionavam os galpões da Cerveja Antártica que foi inaugurada em 1979,e que fechou no final da década de 1990. E perto do número 400,existe no meio da rua uma capelinha de Nossa Senhora Rosa Mística,construída em 2006.
Capelinha de Nossa Senhora Rosa Mística,em 2015
foto:Arquivo pessoal
CICLO DAS FUNDAÇÕES
O jornal Lesma,n° 34 inverno de 2008,diz assim: "Com o crescente comércio e expansão populacional e residencial,o antigo bairro dos pinheiros recebia as famílias migrantes de berço aberto: Costa,Queiroz,Baeta,Almeida,Magalhães,Zebral,Rezende,Balbino,Dias,Reis,
,Barbosa,Vieira,Pinto,Silvestre..."
O Bairro tem fama de receber migrantes de várias cidades vizinhas a Lafaiete,como Santana dos Montes,Capela Nova,Itaverava e entre outras.
ENTIDADES DIVERSAS E SUAS FUNDAÇÕES
Escola Municipal Júlia Miranda Criada em 1965,prédio próprio em 1971.
Clube Recreativo Bando da Lua fundada em 27/2/1949
Grêmio Musical 12 de Outubro fundado em 20 de julho de 1988 (no passado existiu a Sociedade Musical São João Batista,que tinha sido fundada em 5 de agosto de 1955,porém foi desativada)
Escola Municipal Dr Rui Penna (CAIC) fundada em 1996
Posto Distrital de Saúde Padre Cornélio Moerel fundado em 19/12/1996
CARNAVAL
No passado era bonito os desfiles de carnaval,e bloco Bando da Lua,reunia na atual praça 21 de Abril.
Antiga sede do Bando da Lua,entre as Ruas Benjamim Constant e Artur Bernardes,foto do final da década de 1990.
foto:Mauro Dutra Faria
Atual praça 21 de abril,carnaval de 1949,bloco do Bando da Lua
foto:Marzano reprodução
Existiu também o bloco da Gerarda,fundado em 1985,e que desfilou pela última vez em 2009,em que sempre concentravam na Rua Amazonas,e a cada ano aumentava o público. E infelizmente em 2/2/2002,aconteceu um acidente de ônibus que atropelou algumas pessoas deixando três mortos.
Ainda existe a Escola de Samba Unidos do São João,fundada em 1976,que participa do Carnaval.
LIVRO
O livro que fala do bairro,é o livro "Se Esta Rua fosse Minha",escrito pela escritora Lafaietense Lucy de Assis Silva,contém 123 páginas,e fala da história do bairro São João e dos moradores antigos. Livro foi editado em setembro 2000,pelo consórcio Mineiro de Comunicação.
Nota sobre a Igreja de São João Batista eu pretendo escrever dividido em 3 artigos,e vou escrever nos próximos dias. Fiz essa divisão para não alongar um artigo.
ResponderExcluirGostaria de conhecer a história da igreja de São João meu bisavô Gilberto Costa ajudou na construção da capela a qual originou a igreja
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