terça-feira, 26 de junho de 2018

VIAJANTES EUROPEUS EM QUELUZ PARTE 2 / FINAL

VIAJANTES EUROPEUS EM QUELUZ  PARTE 2 / FINAL

  Concluindo o assunto sobre os viajantes Europeus que estiveram na Real Villa de Queluz,atual cidade de Conselheiro Lafaiete. Hoje falarei sobre dois importantes franceses que estiveram na região no Século XIX.


  SAINT-HILAIRE

O Francês Auguste de Saint-Hilaire
nasceu em 4/10/1779 em Orleans na França
falecido em 3/9/1853 em Turpinere na França

 Chegou ao Brasil por volta de 1816 e teria ficado no país até 1822. E esteve na região de Queluz em meados de 1818,e segundo o site da Unicamp diz que ele teria ficado na região de Minas por volta de 1817 a ? ,tem registros dele de Fevereiro a outubro de 1819 e Fevereiro de 1822 em diante até o final de 1822.

 Num livro que li qual não anotei o nome,diz que Saint-Hilare teve na Região de Queluz em fevereiro de 1818,saiu de Congonhas para São Brás do Suaçuí dia 13. E disse que o Rio Paraopeba nasce nas vizinhanças de Queluz...

Outra referência que encontrei falando do viajante francês,encontrei no livro Caminho Novo de Antônio Gilberto da Costa,na parte que refere do Arraial dos Carijós a Conselheiro Lafaiete e diz assim:

" Essa pequena Vila,que faz parte da comarca do Rio das Mortes,construída sobre uma crista elevada,seria bastante agradável se não fosse tão deserta,a rua que atravessa a estrada é larga e bem traçada,mas o mato ali cresce por todos os lados,casas bastantes lindas nos pareciam estar abandonadas,e quase todas estavam mal conservadas a ponto de cair em ruínas."

Essa é a visão de Saint-Hilaire sobre Queluz na época entre 1816 e 1822,lembrando que parte da Antiga Queluz,hoje são outros municípios que desmembraram depois.

 SAINT_ADOLPHE

Francês J.C.R. Miliet de Saint-Adolphe,o qual eu não encontrei datas de nascimento e falecimento desse viajante.
 Eu já quase confundi esse viajante com o outro que citei acima.
 O que sabe é que Saint-Adolphe esteve no Brasil entre 1816 a 1842,não sei se foi diretamente.

  No livro Garimpando no Arquivo Jair Noronha,de Avelina Noronha,na página 47,diz assim que  Saint-Adolphe esteve na região de Queluz e assim o viajante falou:

 " Uma bandeira Paulista viu um aldeamento de índios Carijós e mineradores que garimpavam nas faldas da Serra de Ouro Branco. Também se dizia que os índios ajudaram a construir a primeira igreja..."

 E já na página 80 do mesmo livro,diz assim:

" Os Garimpeiros que mineravam nas faldas da Serra do Ouro Branco trabalhavam de dia e vinham pernoitar em Carijós. "

  Só para destacar a informação do viajante mostra um tempo bem distante a qual o da época que ele esteve na cidade,e aí pode ter tido confusão de informação por parte de quem o informou. Os bandeirantes vieram por volta de 1690,e sendo assim passou mais de cem anos para que Saint-Adolphe ter vindo depois a cidade para coletar informações de um passado que ainda existe muitas dúvidas. Sobre a igreja não se refere a atual Matriz e sim uma antiga que havia antes,e até chegaram a dizer que a Taba dos Carijós seria na atual Praça Barão de Queluz,um fato duvidoso e sem comprovação.
 Na segunda frase diz que os índios mineravam na Serra e pernoitavam em Carijós. Na minha opinião a palavra faldas significa imediações ou na região do local citado. E não teria lógica sair da cidade onde hoje é Lafaiete e ir a Serra,e voltar no mesmo dia,pode ser que mineravam onde hoje é Passagem de Gagé ou outro local que tinha atividades de procura de ouro,ou até a possibilidade do viajante ter entendido errado ou quem passou a informação exagerou em alguns detalhes,e isso são coisas que deixam dúvidas para gente.

  Conclusão

  Só para concluir uma visão geral,o inglês Luccook não gostou da hospitalidade de Queluz,e até teria falado grosserias ao moradores segundo Saint-Hilaire,mas o inglês teve boa imprenssão das centenas de casinhas pintadas de branco isso em 1808.
 Já um decênio depois Saint-Hilaire achou Queluz deserta,e construções mal conservadas e algumas até em ruínas.
 Já o Austríaco Pohl em 1817 falou que a cadeia estava em situação precária,e funcionava a Câmara no mesmo prédio,e cita duas capelas nos extremos das ruas (a de Santo Antônio e a do Carmo,que não existe mais).
 Tanto o Inglês e o Austríaco fala que o Arraial havia três igrejas (Santo Antônio no alto da colina,localizada perto da estrada que ia para Congonhas,a Matriz Nossa Senhora da Conceição ao centro da cidade,e na saída para o Rio de Janeiro a Capela Nossa Senhora do Carmo).
  Pode ser que outros viajantes tenham vindo a Região da antiga Queluz.


 

segunda-feira, 25 de junho de 2018

VIAJANTES EUROPEUS EM QUELUZ PARTE 1

VIAJANTES EUROPEUS EM QUELUZ  PARTE 1

  No Século XIX,teve passagem de alguns Viajantes Europeus na antiga Real Villa de Queluz,atual Conselheiro Lafaiete.
 O artigo será escrito em duas partes.

 Alguns Viajantes

     Luccok

   O inglês John Luccok que esteve no Brasil entre 1808 e 1818,na região de Queluz por volta de 1809.

 No Livro Subsídios para a História da Ex-Queluz de Minas,de José Damasceno Pinto,na página 22 ele citou Luccok,e diz assim:

 "O viajante Inglês,John Luccok que transitou por Queluz cerca de 1809,em direção a Ouro Preto,se não tece considerações amaveis em retribuição à hospitalidade dos habitantes,conforme ainda veremos,todavia,impressionou-se,vivamente,com a paisagem. Divisou um semi circulo de montanhas "de várias milhas de amplidão" e no meio,destacaram-se os inúmeros casebres do povoado,pintando de branco,formando "um dos traços mais graciosos" da Paisagem. " ¹

 Na página 64 do livro tem outra referência.

" ... diz que a casa em que (Luccok) se hospedara ficava em frente ao pelourinho que descreve como encimado por um busto,de capacete à cabeça,trazendo um sabre metido "em seu crânio até as orelhas",para demonstrar  segundo ele,que ninguém protegia a mão da autoridade.¹ Pelo que informa Luccook (mas cujas impressões devem ser analisadas com muita cautela,visto que nem sempre correspondem a verdade dos fatos) Os queluzianos eram desabusados. Isso contradiz o próprio viajante Inglês escreve em tom depreciativo sobre eles em outro entrecho de sua narrativa,conforme aludimos. "


  Como lemos acima que Luccok citou o Pelourinho que foi erguido na Praça Tiradentes em 19 de setembro de 1790,quando a nossa cidade passou a chamar Real Villa de Queluz. E não sabemos quando o pelourinho foi desativado. E por volta de 1809 as casas eram pintadas de branco.
  Na minha opinião muitas vezes os viajantes julgavam um lugar por causa de uma pessoa que viram e por causa de uma determinada parte do vilarejo da época,e pode ser que não era exatamente a visão correta do local em tal época.


    Pohl

 O austríaco John E. Pohl,esteve na região por volta de 1817. E segundo Damasceno Pinto,diz assim,na página 80 do seu livro,que Pohl descreve uma via como "larga e construída em direção curva... sob o dorso de uma colina" ,topografia que raras modificações teve no correr dos tempos. ²


notas: ¹ Livro Notas Sobre o Rio de Janeiro - página 37 e 75.
            ² Viagem ao interior do Brasil - 2° vol p. 437

 Suposta viagem

 Um outro viajante que é bom citar foi o jesuíta João Antônio Andreoni conhecido como Antonil (nasceu em 8 de fevereiro de 1649 em Lucca,Toscana,na Itália e faleceu em Salvador na Bahia em 13 de março de 1716).
  Na página 10 do Livro de Damasceno Pinto,falou no Antonil que esteve na região de Barbacena,e citou a Serra de Ouro Branco,e também Itatiaia. Mas não citou nem Itaverava e Carijós (atual Conselheiro Lafaiete).
 Não sabemos porque Antonil  omitiu essas informações ou não passou pelos  locais habitados á época. E Antonil teria viajado por volta de 1711,e nem sequer falou na Igreja Nossa Senhora da Conceição de Carijós,que segundo Cônego Trindade teria sido elevada a paróquia em 1709,claro que essa igreja citada não existe mais e não é a conhecida Matriz de Lafaiete.

  Na parte 2 falarei sobre os viajantes Franceses.

 CONTINUA ...


segunda-feira, 18 de junho de 2018

PEQUERI DE CIMA E PAIVA

PEQUERI DE CIMA E PAIVA

  São Localidades do Município de Conselheiro Lafaiete,que hoje tem poucas casas,mas que no passado chegou a ter linha férrea e até exploração de minério. Esses locais são distantes um do outro,mas é na região de São Gonçalo do Brandão,o primeiro local é mais ao norte e o segundo mais a sul em relação a São Gonçalo.

 PEQUERI DE CIMA

 Essa notícia de 1899,fala sobre o local,diz assim:


  Em Queluz de Minas,em 22 de março de 1899 - Minas de Manganês - inaugurou-se,Domingo a estrada de Ferro Pequerí,ligando a estação de Gagé até às Minas de Manganês do Pequerí,de propriedade de Ayrosa e cia,no Município de  Queluz.
  Antes da partida para as Minas,foi batizada a primeira locomotiva com o nome do saudoso Engenheiro Felício Maldonado,sendo os paraninfos o Coronel Nascimento e José Gerspacher. Em Seguida fez a viagem pela linha que tem extensão de 13 quilometros e procedeu-se a inauguração dos trabalhos.
 De volta à Gagé houve um almoço. Nas Jazidas,um exército de operários arranca,diariamente ,centenares de toneladas do útil mineral. Ainda agora acabamos de receber uma agradável notícia sobre essa indústria. Além da firma Ayrosa e Cia,que explora as jazidas de manganês do Pequirí,em Queluz,começou já os seus trabalhos em São Gonçalo,do mesmo município,a companhia Belga,dirigida pelo Eng. Sr. Adolpho Donker,a qual está construindo uma estrada de ferro do referido Arraial a Lafaiete (Estação Lafayette). Breve começaram duas novas empresas,as Newland e irmãos,e doutores Morais Sarmento e Ewbank da Câmara a explorar duas outras jazidas,uma que pertenceu ao comendador João Chisóstomo de Queiroz.

Fonte:Copiado do Arquivo de Romeu Guimarães.

  Embora existe a localidade de Pequeri que pertence Congonhas,o texto refere a Pequeri de Cima que pertence Lafaiete. 
 E a linha referida hoje é uma estrada vicinal que vai da Br 040,passando por Três Barras até a localidade de Pequeri de cima,e se for continuando vai até Mato Dentro,e tem uma entrada que vai para a região de São Gonçalo.

 
   Estrada para Pequeri de Cima
   foto:Arquivo pessoal,16/6/2018
 
  Pequeri de Cima
  foto:Arquivo Pessoal,16/6/2018

Onde tem a porteira que era continuação da linha rumo a São Gonçalo
foto:Arquivo Pessoal,16/6/2018

 buracão onde tirou minério no passado,isso na região do Pequeri de Cima.
foto:Arquivo Pessoal,16/6/2018


 Rio Pequeri

 Tanto na região do Pequerí de Cima e São Gonçalo,na zona rural de Lafaiete,é banhado pelo rio Pequeri,que significa rio dos peixes. E o rio que nasce na região conhecida como Laginha perto do Amaro Ribeiro,em Lafaiete e passa pela zona rural e  segue para Congonhas.


 ponte sobre o Rio Pequeri
 foto:Arquivo pessoal,16/6/2018

Caminho para São Gonçalo,passa sobre o rio. Mas não sei dizer se a linha passava nesse local ou era por outro caminho,mas existia a ligação e isso é fato.

foto:Arquivo Pessoal,16/6/2018

  
 PAIVA


  É localizado na região de São Gonçalo,e no passado chegou a ter exploração de Minério também,por volta de 1896.
 Hoje não tem mais atividades minerarias,mas ainda existem terrenos pertencentes a CSN Mineração (antigamente chamava A. Thum ).

 Num texto sobre a cidade de Queluz (hoje Conselheiro Lafaiete),que fala sobre a cidade que está no arquivo da biblioteca Nacional,diz assim:

 " Por volta de 1896,na região de São Gonçalo,começaram a explorar minério,a procura de Manganês,e uma das minas são pertencentes a Valerianos e Paivas."¹


bueiro sobre o Córrego do Paiva,hoje com poucas águas,mas antes tinha muitas.
foto:Arquivo Pessoal,16/6/2018


Córrego do Paiva
foto:Arquivo Pessoal,16/6/2018

 

notas

¹ site Queluzdeminas.com.br

 E no site que citei acima mostra um mapa de 1927 onde mostram as linhas férreas que haviam na região de Pequeri de Cima,São Gonçalo e Paiva,e ligava ao Amaro Ribeiro e ia até a mina de Jurema (Queluzito). Quem quiser ver o mapa acesse o site queluzdeminas.com.br.
 Eu estive em caminhadas diversas por essas regiões esse mês,e até tenho vontade de criar um projeto caminhos das linhas férreas antigas,onde possa ser feitas caminhadas e trilhas,e possa até servir de resgate da história de nossa cidade.



quarta-feira, 13 de junho de 2018

ITAVERAVA

ITAVERAVA

                      Igreja Matriz de Santo Antônio em Itaverava
                      foto:Imagens da internet

   Itaverava é uma cidade do estado de Minas Gerais,e já pertenceu a Conselheiro Lafaiete,até 1962. A cidade é conhecida por ser a primeira cidade de Minas em que foi encontrado Ouro.

 Dados da Cidade

Área: 282,642
População: 5.700 habitantes
Municípios limítrofes: Conselheiro Lafaiete,Ouro Branco,Ouro Preto,Catas Altas da Noruega,Lamim e Santana dos Montes.
Aniversário da Cidade: 21 de março de 1694
Emancipação Política: 30 de dezembro de 1962
Padroeiro: Santo Antônio


 Definição do nome

 Segundo Historiador José Damasceno Pinto,no seu livro "Subsídios para a História da ex-Queluz de Minas (hoje Conselheiro Lafaiete),na página 64 ele diz assim:

 "Origem do nome: ITA - Pedra e BERAB - que brilha,em alusão aos cascalhos auríferos ali descoberto,pelos primeiros sertanistas..."

Ou seja Itaverava é pedra que brilha.

 Descoberta do Ouro em Itaverava

 No Livro que citei de José Damasceno Pinto na página 12 ele diz assim:

" A história do "Certão dos Cataguazes" inicia-se com o famoso episódio de Itaverava onde descobriu-se o primeiro ouro. Os primórdios do Arraial dos Carijós entrosam-se ao auspicioso acontecimento,visto ser o trajeto naquela direção,pois,antes de atingirem Itaverava,bem provável que teria arranchado nas regiões,que batizaram com aquele topônimo. Tal acontecimento histórico iniciado se após 1693,quando Antônio Rodrigues Arzão e seus companheiros,de Taubaté,partiram a caminho dos sertões da Casa da Casca. "
Matriz de Santo Antônio

   Segundo o site patrimonio espiritual diz que existem registros de batismo de 1712,mas a freguesia foi fundada em 1726. E a construção de uma igreja maior foi a partir de 1744,e a atual edificação é a partir de 1768.

quinta-feira, 7 de junho de 2018

BAIRRO QUELUZ PARTE 2 - FINAL


BAIRRO QUELUZ PARTE 2 FINAL

    Ontem eu falei sobre a parte antiga do Bairro Queluz,de Conselheiro Lafaiete. Hoje vou falar sobre os acontecimentos mais recentes desse bairro e sobre a parte de baixo do bairro.


Parte Nova do Bairro

  Segundo minha mãe,ela diz que uma mulher conhecida como Maria Vermelha,que era italiana ou descendente de Italianos era dona das terras que corresponde uma parte do atual Bairro Queluz,e até o buracão que existe entre o Queluz e o Bairro Fonte Grande era conhecido como "buracão da Maria Vermelha"
E essa área começou a ser habitado na década de 1970,são as ruas em volta do morro,atual Rua Sargento Dias.

 Parte do Bairro
 foto:Arquivo pessoal,2018


Campo do Independente

  Embora seja uma parte antiga,e foi até citada pelo Historiador Antônio Perdigão,no seu Livro De Villa Real de Queluz a Conselheiro Lafaiete “Pelas Ruas da Cidade” página 18,diz assim:

Em 1910,já um bairro,no extremo da cidade,se projetava com seu futebol e festas;era o bairro Independente,ligando à rua Marechal Floriano,lá na boeira (perto do Rio Bananeiras,no bairro Carijós),também por uma travessia. “

 

   Antigamente a Rua Campo do Independente tinha saída para linha,e saía na Marechal,hoje é tudo fechado com cercas. E a rua saia para os campos de futebol que são após a linha férrea. E ainda existe o campo do Vila Nova e América,mas seu acesso é por outro caminho.
   Dizem que essa parte do bairro chegou a ser chamada de Ladeira São Francisco,deve ser por causa do morro da Sargento Dias. Mas hoje tudo é bairro Queluz.

Ruas Principais desta parte

Rua Campo do Independente e Rua Bernado Guimarães.


Carnaval

  Sempre foi um bairro tradicional no Carnaval.
  Numa reportagem do Jornal Correio da Cidade de fevereiro de 2016,contando sobre o bairro,diz que o local,hoje,conta com a bateria do bloco do Fugão,mas em outros tempos,era conhecido pelo batuque da escola de samba Mocidade Unidos do Independente. Mas devido a falta de estrutura na época desanimou a turma. E nessa reportagem falou também que a Escola ganhou cerca de 50 troféus do Carnaval,e como não tinha estrutura para guardar eles ficavam nos bares do bairro,e agora já estão em um cômodo.
  Uma lei de 1983 chegou a até destinar para a construção de um imóvel da Rua Bernardo Guimarães entre a Rede Ferroviária para ser sede da Escola de Samba. 

 

Escola

foto:Arquivo pessoal,2018

   Antigamente existia a Escola Estadual Eugênio Feio que era no Triângulo,funcionava numa casa da Rede Ferroviária. E depois foi transferida para o bairro Queluz.
   E hoje o nome da escola é escola municipal Olavo Mendes Brandão,localizada na Rua Bernardo Guimarães.



Oratórios

  Na Rua David Tomas (antiga rua da Turma,onde moravam os funcionários da antiga Rede) tem uma gruta de Santa Rita de Cássia,que foi inaugurada em 19 de janeiro de 2003.
  E nessa mesma Reportagem do Jornal Correio de 2016,diz que Elizabete alcançou uma graça e pediu para construir essa gruta,e diz que no dia da santa 22 de maio,eles comemoram essa data.

foto:Arquivo pessoal,2018


 O Bairro Não possui Igreja Católica,e parte dele pertence a Paróquia de Santa Terezinha,e até tem um local de celebração,antes era na escola,e Nossa Senhora das Graças é padroeira do Bairro Queluz,e até na gruta tem uma imagem da santa. E a parte de cima pertence a Matriz Nossa Senhora da Conceição.

  E na Rua Bernardo Guimarães também tem um bonito oratório abaixo da área verde do bairro. E antes tinha até uma bica que saia água.


 Gruta de Nossa Senhora Aparecida
 foto:Arquivo pessoal,2018
 

TV Lafaiete

  Em 19 de setembro de 1992,foi inaugurada a TV Lafaiete localizada atrás do Cemitério,na Travessa Alan Kardec. Hoje tem apenas a antena.

Centro Comunitário

  Nesse local que foi imóvel antigo da Rede Ferroviária,hoje mora diversas famílias no local,isso na rua Bernardo Guimarães.

 foto:Arquivo pessoal,2018
 

Área Verde

 O bairro ainda tem uma linda área verde,que divide com o bairro de baixo o Triângulo.

 foto:Arquivo pessoal,2018

Novo Viaduto

   Antes havia uma passagem de nível,sobre a linha férrea,entre a Rua Sargento Dias e Marechal Floriano.
  Mas em 20 de setembro de 2015 foi inaugurado o Viaduto Padre Joseph Arnould,ligando o Bairro Queluz ao Carijós.

 Viaduto 
 foto:Arquivo pessoal,2018
 

quarta-feira, 6 de junho de 2018

BAIRRO QUELUZ PARTE 1

BAIRRO QUELUZ  PARTE 1

  Hoje vou falar do Bairro Queluz,localizado na região central de Conselheiro Lafaiete.
  É um bairro localizado na parte alta,e tem algumas ruas na parte baixa conhecida como Campo Independente.
  A primeira parte vou falar dos fatos antigos do bairro.

 Rua Sargento Dias 2018
 foto:Arquivo pessoal

 O Bairro

 A primeira notícia que sei sobre o atual bairro,é que em uma carta antiga que a família de Romeu Guimarães tem guardado,seria uma carta com data de 1858 onde fala de um local chamado "pastos das éguas".  E esse local é parte do bairro e o atual cemitério Nossa Senhora da Conceição.

 O Atual Bairro Queluz,algumas terras pertenciam ao historiador Romeu Guimarães de Albuquerque ( Nasceu em 25/8/1878 e faleceu em 27/10/1968) e sua família.

Cemitério

          foto:Arquivo pessoal 2018

o Cemitério Nossa Senhora da Conceição,fica localizado também nesse bairro,e foi fundado em 6 de janeiro de 1887. O terreno foi doado pelo coronel José Albino de Almeida Cyrino,que era pai de Adélia Izabel de Almeida ( nasceu em 20/2/1882 e falecida em 13/1/1939) e era casada com Romeu Guimarães (casaram em 14/2/1904). E Romeu depois doou parte de seu terreno para a expansão necessária desse cemitério,e onde também é a parte destinada a Irmandade de Santo Antônio de Queluz isso em 1922. ¹

 Família Guimarães

No bairro tem as ruas em homenagem aos pais de Romeu Guimarães,que são eles a Rua Coronel Albuquerque (João Loureiro de Albuquerque,nasceu em 1842 - faleceu em 5/10/1905) e Rua Mariana Augusta Guimarães, nasceu em 12/10/1856 e faleceu em 26/5/1906)
  No bairro Santa Matilde tem uma rua em homenagem a Romeu. 

Nomes do Bairro

 O Bairro Queluz,é em homenagem ao antigo nome de Lafaiete. Talvez o nome seja uma alusão a que Romeu Guimarães gostasse muito do nome Queluz.
Mas o bairro já teve nome antigo de Vila Adélia,depois chamaram a parte nova de Vila Romeu Guimarães,mas o nome ficou o atual Queluz,isso com relação a parte antiga do bairro.
  No jornal Correio da Semana de 1925,fala da abertura da Rua Coronel Albuquerque que liga o bairro Fonte Grande ao bairro.
  Em 1939,a Vila Adélia só contava com as ruas Carijós e Coronel Albuquerque praticamente.
  

Vila Romeu Guimarães

Foi aprovada pela lei 290 de 1956,no local denominado de "pasto do Cemitério". E foi publicado a aprovação pelo jornal Correio da Semana de 20 de março de 1958. ¹

 E tem até um fato curioso,nessa época era os herdeiros das terras que planejavam as ruas do bairro,e muitas ruas foram planejadas numa área verde do bairro que é local de morro apique,e por isso nem existem,mas em mapas da cidade até algum tempo atrás constavam nomes dessas ruas que nunca existiram como por exemplo: Ladeira São Francisco,Rua Felipe dos Santos,Vidal de Negreiros,Maria Quitéria,Guerra Junqueira e Parte da Castilho lisboa.
 E nesse planejamento a Rua Carijós chamava rua Adélia Albuquerque,e a rua Felipe dos Santos seria onde hoje é parte do cemitério.

Ruas Principais (parte alta)

Sargento Dias,Carijós,Mariana Guimarães,Coronel Albuquerque,dos vicentinos,Monsenhor Horta e entre outras.

 Rua Carijós em 2018
 foto:Arquivo pessoal

Vila Vicentina


 Onde hoje é o Asilo e Velório Mariana Romeiro na rua dos Vicentinos.

 No Jornal de Queluz de 1 de janeiro de 1927,traz a seguinte nota:

" Se acha concluída a primeira série de oito casas,destinadas aos pobres construídas por iniciativa dos benfeitores irmãos Vicentinos em terreno adquirido pelo capitão Romeu Guimarães de Albuquerque no novo e faturoso bairro "Vila Adélia"... "

 Com a nota acima deduz que em 1926 já estava pronta algumas casas da Vila Vicentina.
 No opusculo de Allex Milagre,A Sociedade São Vicente de Paulo de Queluz de Minas a Conselheiro Lafaiete,de 1995,ele diz que em 1966 o Rotary Clube ajudou na expansão a Vila Vicentina. Mas por causa do aumento populacional e abusos de muitos moradores foi difícil manter essa vila.
 E o Conselho Metropolitano sugeriu transformar essas vilas em asilos,e assim foi feito.

Antiga vila Vicentina em 1966
foto:reproduçaõ do livro citado de Allex Milagre



Antiga vila Vicentina em 1966
foto:reproduçaõ do livro citado de Allex Milagre


Asilo Doutor Carlos Romeiro

                
                    foto:Arquivo Pessoal foto de 2018


Localizado na Rua dos Vicentinos,33 e foi fundado em 11 de dezembro de 1976.
 Segundo Allex Milagre na década de 1970,o Doutor João Romeiro,realizou três grandes obras: O Asilo Retiro da Saudade DR. Carlos Romeiro,o ambulatório médico anexo ao asilo e o Velório Dona Mariana Romeiro. Isso tudo era a Vila Vicentina.

 Isso tudo está escrito no livro Sociedade São Vicente de Paulo de Queluz de Minas a Conselheiro Lafaiete,de 1995,de Allex Milagre.
  O Velório Mariana Romeiro foi inaugurado em 18 de dezembro de 1978,com uma missa celebrada pelo Monsenhor José Sebastião Moreira.


 Velório Mariana Romeiro em 2018
 foto:Arquivo pessoal

   placa anexa ao velório
   foto;Arquivo pessoal 

Outros Velórios

O bairro também possui mais dois velórios ambos localizados na Rua Monsenhor Horta,em frente o Cemitério.

Velório Sagrado Coração de Jesus inaugurado em abril de 1999
Velório São Jorge inaugurado em agosto de 2000

 Caixa d'agua do bairro




                          foto: Arquivo pessoal,2018

Localizada na Rua Felipe Camarão,essa caixa d'água de 6 milhões de litros,foi instalada pelo prefeito Telésforo Cândido de Rezende durante o seu mandato entre 1951 e 1954.

Notas

¹ informações do site queluzdeminas.com.br,site administrado por Eneida Guimarães,neta de Romeu Guimarães,e filha de Fúlvio Guimarães.





 ( CONTINUA NA PARTE 2 )

terça-feira, 5 de junho de 2018

TRÊS BARRAS

TRÊS BARRAS

  A localidade rural de Três Barras,localiza na zona norte do município de Conselheiro Lafaiete.
  Localiza na região de Gagé,Pequerí de Cima,São Gonçalo do Brandão.
   Em mapas antigos de 1927 mostra que já existia a Fazenda de nome Três Barras,que a mesma ainda existe.
  O acesso a Três Barras é pela BR 040 perto do KM 623.

 Fazenda Três Barras



               Fazenda Três Barras,foto de 3 de junho de 2018
              foto:Arquivo Pessoal

   É uma fazenda Particular.
Em uma nota antiga de donos de fazendas na época de Queluz,consta que era proprietário dessa fazenda o senhor Francisco José Pereira Zebral,segundo uma antiga postagem no site Queluz de minas.
 A Fazenda localiza numa estrada após passar a Escola de Três Barras,e vai sentido São Gonçalo.


         fotos:Arquivo Pessoal

Lembrando que perto da li tem o córrego Três Barras.

 O POVOADO

  Eu desconheço porque o local tem esse nome,mas o nome é por causa da Fazenda Três Barras. E nos últimos anos o povoado vem crescendo muito.
  E muitos não sabem mas onde hoje é a estrada que vem da Br 040,já foi linha férrea que passava pela localidade de Pequerí de Cima,ia até o extinto povoado de Sabino,e depois tinha uma linha que ia Para São Gonçalo do Brandão,isso segundo um mapa antigo da cidade de 1927. Essa linha era de 1899,e foi desativada a muitos anos,ela vinha de Gagé,e tinha como objetivo pegar minério.


         Rua principal de Três Barras,onde no passado era linha férrea
         foto:Arquivo Pessoal


 IGREJA São José



                   Igreja de São José,padroeiro de Três Barras
                   foto:Arquivo pessoal

 Segundo a placa essa igreja foi inaugurada em 1° de maio de 2012,na época o pároco de Nossa Senhora da Luz,a qual a comunidade pertence,era o Padre Sérgio Antônio Fernandes Tomaz.


fotos:Arquivo Pessoal

Escola Municipal Sebastião Pereira da Fonseca

 foto:Arquivo pessoal