terça-feira, 15 de maio de 2018

BAR CAMPESTRE

BAR CAMPESTRE

   O Estabelecimento Comercial da Praça Tiradentes,número 37,no centro de Conselheiro Lafaiete,conhecido como antigo Bar Campestre,lamentavelmente foi demolido no início do mês de maio de 2018. O Estabelecimento certamente foi construído na primeira metade do século XX.
  Ao lado desse espaço funciona o Museu e Arquivo Antônio Perdigão.


Número 37 é aquele galpão de porta amarela,foto de agosto de 2016
foto:Mauro Dutra de Faria

 O que já foi nesse espaço ?

 Segundo o Historiador Vicente de Andrade Racioppi,durante a Revolução de 1842,o local foi Casa da Câmara,onde era a Macol. Mas isso era em um antigo prédio no mesmo espaço.

 Eu não tenho informação sobre a construção desse estabelecimento comercial recém demolido. Mas Segundo o Historiador Antônio Luiz Perdigão no seu livro "De Villa Real de Queluz a Conselheiro Lafaiete" Pelas Ruas da Cidade,na página 63 ele diz assim:

" O Senhor Benedito Alves instalou a Agência de vendas de Carros Chevrolet,pois o número de automóveis,tanto particular como de aluguel havia crescido."
  E ao lado da Agência foi instalado um café com bilhar (sinuca) que pertencia a um inglês negro,que o povo chamou de "mister",isso também segundo Perdigão.
Esse local era onde foi a garagem do número 37.

  Bar Campestre (antigo)

      
                Praça década de 1940,e o Bar Campeste com porta meia aberta
             foto:Tarcísio Souza

Segundo Perdigão o Bar pertencia o senhor Chico Hudson,e depois passou a ser de Augusto Lúcio. Segundo Zélia Araújo de Almeida,em comentários pelo Facebook,conta que até 1951 o Bar Campestre pertenceu ao senhor Augusto Lúcio de Almeida,sogro de Zélia.
  Pelo que contam o bar tinha muitas variedades,como sinucas,vendia sorvete,cerveja,etc. E Perdigão falava que o pessoal reunia também para discussão literária.
  Segundo uma nota do Atlas Escolar de 2008,página 84,diz que a conhecida escritora Raquel de Queiroz (1910-2003) esteve no Bar Campestre,e ao observar rapazes jogando sinuca,inspirou para escrever um conto.
 
  Macol


 Festa de congado em 1983,e vemos a placa da Macol
foto:Mauro Dutra de Faria


No número 37 da praça,também funcionou a Loja de Materiais de Construção MACOL,que já existia na década de 1970,e seu proprietário era Vicente Damasceno. A loja fechou no final da década de 1990,por volta de 1997. E meu avô José Moreira trabalhou muitos anos nesse lugar.

  Outros

 Por anos o espaço ficou vago. E na década de 2000,foi aberto um bar também de nome Campestre,que ficou até em meados de 2008. E no bar tinha fotos antigas do que teve no local antes,e lembro de ver foto da Agência de Carros e do Antigo Bar Campestre.


 década de 2000,nessa foto o espaço estava vago.
foto:Mauro Dutra de Faria

 Entre 2009 a 2011 foi uma igreja Protestante,de nome Mundial do Poder de Deus,que funcionou nesse espaço.


foto de 2011 e a de baixo foto mais antiga da época do Bar Campestre
foto:Aloísio Antunes

 Entre fevereiro de 2012 a janeiro de 2015,funcionou provisoriamente a Superintendência Regional de Ensino,o prédio da sede estava em reforma.

 No ano passado eu observei que estavam reformando por dentro,e lamentavelmente demoliram recentemente a frente desse espaço.


ESSE ESPAÇO SERÁ LEMBRADO COMO O ETERNO BAR CAMPESTRE

Um comentário:

  1. Crônica "O Jogador de Sinuca" de Raquel de Queiroz, publicada no jornal Folha da Manhã de 23 de maio de 1948. Crônica inspirada em jogo de sinuca presenciado por Raquel de Queiroz no Bar Campestre, em Conselheiro Lafaiete.
    https://acervo.folha.com.br/compartilhar.do?numero=24107&keyword=%22Bar+campestre%22&anchor=209897&origem=busca&originURL=&pd=65833c1496e111c621e33a7cc42a8728

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