ESTAÇÃO DE GAGÉ
Segundo o site
estações ferroviárias a antiga estação estaria fazendo hoje 125
anos de existência,era localizada em Gagé ,no Município de
Conselheiro Lafaiete. E por falta de conservação ela foi demolida
por volta dos anos de 1999 e 2000,e segundo um morador da região me falou que lembra do chão da antiga estação que era um piso de cor vermelho.
A Estação
localizava ao lado direito da linha (sentido Lafaiete a Belo
Horizonte) e localizava poucos km antes da localização de Vila
Marques. Infelizmente o autor dessa postagem não chegou a conhecer essa estação.
A estação de Gagé, já abandonada,
em 1989. Foto Bo Lennard, cessão Pedro Paulo Rezende
Do lado direito vemos onde ficava a estação de Gagé,hoje no local só matagal e uma parte da plataforma de cimento foto:Michael Silva,abril de 2017
GAGÉ
Município de Conselheiro Lafayette, MG
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Linha do
Centro - km 473,523 (1928)
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MG-0410
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Altitude:
889 m
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Inauguração: 06.05.1898
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Uso atual:
demolida
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com trilhos
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Data
de construção do prédio atual: n/d (já demolido)
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Ao lado, a placa de Gagé; balançando
ao vento, agosto de 1999. Foto Pedro Paulo Rezende
A ESTAÇÃO
A parada de Gagé
foi inaugurada em 1898 para servir à exportação de manganês
ali extraído então pela Companhia Santa Matilde: "Foram
mais abertas ao trafego as seguintes estações: (...) a 6 de maio
(de 1898), a estação Gagé, entre Lafayette e Congonhas, ex-posto
telegráfico do mesmo nome (...)" (Memória Histórica da
EFCB, 1908, p. 488).
Para esta estação seguia uma
ferrovia particular em bitola métrica. Havia mais dois ramais.
Segundo Kelso Medici: "Consta que Gagé
ficava nas terras da usina, naquele tempo chamada Usina da Esperança,
depois Usina Queirós Jr., hoje VDL-Valadares Siderurgia Ltda., em
Itabirito-MG". Segundo Max Vasconcellos, em 1928 "à
sua esquerda uma estrada de ferro liliputiana, em desenvolvidas
curvas, coleia, como longa e fina serpente, pelo amplo morro (Morro
da Mina) onde vai buscar o mineral precioso". Era o ramal
do Morro do Cocoruto, em bitola de 60 cm. O leito dela ainda
existe, inclusive com pontes e bueiros. A estrada que sai da BR 040 e
se dirige a Gagé é, na verdade, o antigo leito daquela
ferrovia. Uma ponte bem próxima da plataforma de Gagé indica
isto.
Já o ramal do Morro da Mina saía de
uma chave dez quilômetros antes da estação e se dirigia para o
outro lado da linha principal. O ramal do Morro da Mina pode
ser percorrido hoje de carro. As placas de sinalização ainda podem
ser vistas ao longo da antiga linha.
A estação já foi
demolida.
"Em 1999, a plataforma de Gagé estava
coberta de mato e uma das placas balançava ao vento, como se um
furação a houvesse destruído" (Pedro Paulo Rezende, 2008).
Selo da Estação de Gagé foto:postagem estações ferroviárias
ACIMA:
"Este carimbo eu considero como raro. É o único que conheço.
A agência da Estação de Gagé foi criada em 17/5/1900. Pertencia
ao município de Queluz, atual Conselheiro Lafaiete. Permutava malas
postais diariamente com a Administração Regional em Ouro Preto. A
mala postal seguia pela EF Central do Brasil - Linha do Centro - até
a Estação de Miguel Burnier, e em seguida, pelo Ramal de Ouro Preto
até a cidade homônima. A mala postal para a Administração Federal
seguia pela EFCB - linha do Centro - diretamente para o Rio de
Janeiro. Não consegui descobrir a origem do nome Gagé.
Aparentemente a estação adotou o nome da região onde se localiza,
antiga área de mineração de ouro. Existe uma citação à Estação
de Gagé no livro Chão de Ferro do Pedro Nava "... Veio logo a
parada de Mariano Procópio... em seguida cresceu a demora e já era
noite fechada quando ouvi anunciar - Gagé Gagé Gagé - e logo os
freios da máquina funcionando, os guarda-freios ajudando com os de
mão de cada vagão e, num sacolejar de ferragens, paramos no
deserto. Só depois de procurar muito, divisei umas luzinhas ... no
seu trem, frissionei de medo de morrer, de ter de descer em Gagé ou
de morar em Gagé. Que diabo seria Gagé? Meu Deus ... Onde estaria?
Onde estava eu? Em que Áfricas? Em que Javas? Mas logo o trem partiu
e continuou atrasando e apitando até a chegada na madrugada umbrosa
e perfumada de Belo Horizonte" (texto e reprodução Márcio
Protzner, 02/2009)
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