sábado, 6 de maio de 2023

125 ANOS DA EXTINTA ESTAÇÃO GAGÉ


ESTAÇÃO DE GAGÉ

  Segundo o site estações ferroviárias a antiga estação estaria fazendo hoje 125 anos de existência,era localizada em Gagé ,no Município de Conselheiro Lafaiete. E por falta de conservação ela foi demolida por volta dos anos de 1999 e 2000,e segundo um morador da região me falou que lembra do chão da antiga estação que era um piso de cor vermelho.

A Estação localizava ao lado direito da linha (sentido Lafaiete a Belo Horizonte) e localizava poucos km antes da localização de Vila Marques. 

Infelizmente o autor dessa postagem não chegou a conhecer essa estação. 

 

A estação de Gagé, já abandonada, em 1989. Foto Bo Lennard, cessão Pedro Paulo Rezende


Do lado direito vemos onde ficava a estação de Gagé,hoje no local só matagal e uma parte da plataforma de cimento foto:Michael Silva,abril de 2017




GAGÉ
Município de Conselheiro Lafayette, MG

Linha do Centro - km 473,523 (1928)

 

MG-0410

Altitude: 889 m

 

Inauguração: 06.05.1898

Uso atual: demolida

 

com trilhos

Data de construção do prédio atual: n/d (já demolido)

Ao lado, a placa de Gagé; balançando
ao vento, agosto de 1999. Foto Pedro Paulo Rezende


A ESTAÇÃO

A parada de Gagé foi inaugurada em 1898 para servir à exportação de manganês ali extraído então pela Companhia Santa Matilde: "Foram mais abertas ao trafego as seguintes estações: (...) a 6 de maio (de 1898), a estação Gagé, entre Lafayette e Congonhas, ex-posto telegráfico do mesmo nome (...)" (Memória Histórica da EFCB, 1908, p. 488).

Para esta estação seguia uma ferrovia particular em bitola métrica. Havia mais dois ramais.

Segundo Kelso Medici: "Consta que Gagé ficava nas terras da usina, naquele tempo chamada Usina da Esperança, depois Usina Queirós Jr., hoje VDL-Valadares Siderurgia Ltda., em Itabirito-MG". Segundo Max Vasconcellos, em 1928 "à sua esquerda uma estrada de ferro liliputiana, em desenvolvidas curvas, coleia, como longa e fina serpente, pelo amplo morro (Morro da Mina) onde vai buscar o mineral precioso". Era o ramal do Morro do Cocoruto, em bitola de 60 cm. O leito dela ainda existe, inclusive com pontes e bueiros. A estrada que sai da BR 040 e se dirige a Gagé é, na verdade, o antigo leito daquela ferrovia. Uma ponte bem próxima da plataforma de Gagé indica isto.

Já o ramal do Morro da Mina saía de uma chave dez quilômetros antes da estação e se dirigia para o outro lado da linha principal. O ramal do Morro da Mina pode ser percorrido hoje de carro. As placas de sinalização ainda podem ser vistas ao longo da antiga linha.

A estação já foi demolida.

"Em 1999, a plataforma de Gagé estava coberta de mato e uma das placas balançava ao vento, como se um furação a houvesse destruído" (Pedro Paulo Rezende, 2008). 

 

Selo da Estação de Gagé                                       foto:postagem estações ferroviárias 



ACIMA: "Este carimbo eu considero como raro. É o único que conheço. A agência da Estação de Gagé foi criada em 17/5/1900. Pertencia ao município de Queluz, atual Conselheiro Lafaiete. Permutava malas postais diariamente com a Administração Regional em Ouro Preto. A mala postal seguia pela EF Central do Brasil - Linha do Centro - até a Estação de Miguel Burnier, e em seguida, pelo Ramal de Ouro Preto até a cidade homônima. A mala postal para a Administração Federal seguia pela EFCB - linha do Centro - diretamente para o Rio de Janeiro. Não consegui descobrir a origem do nome Gagé. Aparentemente a estação adotou o nome da região onde se localiza, antiga área de mineração de ouro. Existe uma citação à Estação de Gagé no livro Chão de Ferro do Pedro Nava "... Veio logo a parada de Mariano Procópio... em seguida cresceu a demora e já era noite fechada quando ouvi anunciar - Gagé Gagé Gagé - e logo os freios da máquina funcionando, os guarda-freios ajudando com os de mão de cada vagão e, num sacolejar de ferragens, paramos no deserto. Só depois de procurar muito, divisei umas luzinhas ... no seu trem, frissionei de medo de morrer, de ter de descer em Gagé ou de morar em Gagé. Que diabo seria Gagé? Meu Deus ... Onde estaria? Onde estava eu? Em que Áfricas? Em que Javas? Mas logo o trem partiu e continuou atrasando e apitando até a chegada na madrugada umbrosa e perfumada de Belo Horizonte" (texto e reprodução Márcio Protzner, 02/2009)

 

 
















































































































































FONTES: http://www.estacoesferroviarias.com.br/efcb_mg_linhacentro/gage.htm










Pedro Paulo Resende; Ke
lso Medici; Bo Lennard; Márcio Protzner; Coleção Digital de Itabirito; Memória Histórica da EFCB, 1908, p. 488; Max Vasconcellos: Vias Brasileiras de Comunicação, 1928; IBGE: Revista Brasileira de Geografia, 1945)
























































































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