As Violas de Queluz,símbolo da antiga Queluz (de Minas) atual Conselheiro Lafaiete,teve destaque em exposições nacionais e até internacionais. Para saber sobre as violas recomendo ler o livro "Violas de Queluz - Família Souza Salgado " de Valter Braga de Souza,ano 2018 e também ver em postagens anterior no meu blog de março de 2017 em que falei das Violas de Queluz,e também no blog projeto conhecer que fala sobre as violas.
foto:imagens da internet
Exposição Nacional
Em 11 de agosto de 1908 foi inaugurada a "Exposição Nacional de 1908" na Urca no Rio de Janeiro,em comemoração ao centenário da Abertura dos portos ás nações amigas em 1808. E dentro desse evento no chamado "Pavilhão Minas Gerais" foi apresentada a Essência cultura mineira e destacou se as Violas de Queluz e o diploma de participação se tornaria uma das maiores glórias de José de Souza Salgado (1858-1939) ,que enviou seus instrumentos para a Exposição Nacional. Não só a cidade de Queluz,como muitas outras cidades mineiras fizeram-se representar enviando para grande exposição mostras de suas produções.encerrando em 15 de novembro “ (SOUZA,2018 p. 52)
Segundo o Anuário de Minas Gerais de 1906 a 1913 entre as páginas 691 e 715 diz assim:
“ Na Exposição Nacional de 1908,foram premiadas com medalha de ouro: A Fábrica de violões,do capitão José de Souza Salgado;a de bandolins,do sr. Francisco Dias de Souza;e a de Violas,do sr. José Beraldo de Menezes. São também de invejável habilidade nesse mister,e além de outros,possuem importantes fábricas de violas,violões e bandolins,os três irmãos,srs. Benjamin,Francisco e Leôncio Cândido de Meirelles. “
Na época a cidade de Queluz (de Minas) tinha sua xará a Queluz (de São Paulo),duas cidades com o mesmo nome. Mas para o azar dos queluzianos mineiros,o material das exposição foi parar na Queluz de São Paulo,com isso teve avarias diversas,objetos danificados e possivelmente até extraviados. Em 1908 Queluz de Minas contava com 8 fábricas de Violas e 3 fábricas de Violões e bandolins segundo o referido anuário.
O Jornal Gazeta de Queluz edição 102 de 21 de fevereiro de 1909 diz assim:
“ Não temos remédio senão dar uma rabecada nos senhores da Exposição Nacional,aos quais ficou a incubência da devolução dos objetos que figuraram naquele certame. Começaram eles por enviar tudo que daqui mandamos,para Queluz de São Paulo: reclamavámos e protestavamos em vão. Afinal,depois de um telegrama (enviado) pessoalmente ao Doutor Antônio Olintho,cá chegaram os volumes. Mas em que estado !
O Bandolim do nosso amigo José Salgado,uma obra prima de arte e habilidade,chegou rachado ! Uma viola,digna filha desta terra que se preza de ser exímia na manufatura d’aquele instrumento musical- veio atravessada por um prego brutal e desconforme,que só pode correr parelhos com a inteligência de quem pregou !
Aí está como se cumpriu um belo programa de ordem e de respeito à propriedade alheia.
Notamos aí que o famoso violeiro Salgado,também mandou peças de sua confecção para a exposição do Rio de Janeiro,como o mais digno representante do ramo na cidade,tendo recebido por isto medalha de ouro e belo diploma “
Somente em 1934 Queluz (de Minas) passa Chamar Conselheiro Lafaiete.
OUTRAS EXPOSIÇÕES
No Exterior as Violas de Queluz participou na Europa das seguintes exposições:
1862 Londres
1867 Paris
1876 Filadélfia (EUA)
1889 Paris
1904 Saint Louis
Mas as Violas de Queluz alcançaram fama internacional após participarem e receber prêmio de melhor instrumento do exterior,em exposição realizada na Pensilvânia nos Estados Unidos em 1902. (SOUZA,p.53)
congresso internacional de folclore no Quarto Centenário de São Paulo em 1954.
As Violas de Queluz participou também de outras exposições no estado e no país.
FONTES:
Livro
“ "Violas de Queluz - Família Souza Salgado " de Valter
Braga de Souza,ano 2018 “
Anuário de Minas Gerais de 1906 a 1913
O Jornal Gazeta de Queluz edição 102 de 21 de fevereiro de 1909
projetoconhecer.com.br/viola-de-queluz
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