REVOLUÇÃO
LIBERAL PARTE 2 – FINAL
Pintura de Cidinha Dutra,sobre a revolução Liberal de 1842,em Queluz.
foto:site da prefeitura de Lafaiete
Hoje dia 26 de
julho,lembramos a vitória dos Liberais sobre as tropas legalistas de Caxias,em
Queluz de Minas (atual Conselheiro Lafaiete),isso a 175 anos atrás,em 1842.
E Nossa cidade foi a única onde os Liberais venceram as tropas do
governo,nesta revolução. E Caxias perdeu essa batalha,mas no final
ele venceu a Guerra.
REVOLUÇÃO EM
QUELUZ
Esse mapa que mostra
como era nossa cidade em 1842. E onde está os números representa
algumas notas dessa batalha.
foto:arquivo pessoal (número 8 é no canto acima).
1 Entrada das forças
do Galvão (700 soldados) (próximo a igreja de Santo Antônio)
2 Entrada das forças
do Alvarenga (800 soldados)
3 Capela do
Carmo,onde se entrincheiraram as forças legalistas de Caxias
4 Local que indica o
patamar sobre o qual foi colocado o barril que continha cabeça de
Tiradentes,para receber nova provisão de sal.
5 Rua Direita,Atual
Comendador Baeta Neves
6 Casa da Câmara,no
lugar onde hoje se encontra Macol (Era na Praça Tiradentes,37)
7 Matriz Nossa
Senhora da Conceição,que serviu de forte para as forças legalistas
8 Entrada do Capitão
Marciano Pereira Brandão,com 100 soldados,tendo deixado 70 nas
estradas que vão para Suassuy e Congonhas. (o número 8 não está visível nesse mapa,mas é ao canto a direita do mapa,onde hoje é a atual rua Barão de Suassuy)
Nota:informações acima foram dadas pelo
Historiador Dr. Vicente de Andrade Racioppi
No Banco do Brasil
tem um painel representando Queluz em 1842,que foi feito pela artista
plástica Lígia Seabra.
SEDE PROVISÓRIA
Com a Revolução,a
Câmara Municipal de Queluz,chegou a ser transferida para o distrito
da época,Catas Altas da Noruega,por motivos de segurança.
A BATALHA EM
QUELUZ
No artigo que a
Historiadora Avelina Noronha,escreveu para o Jornal Correio da
Cidade,em julho de 2015,um trecho diz assim:
“ Foi
focalizado especialmente,neste evento,o estrategista Marciano Pereira
Brandão por sua brilhante atuação no desenrolar da situação
bélica.
Conta o livro do
Cônego Marinho,que participara do conflito,que o capitão Marciano
Pereira Brandão “aderiu cordialmente ao movimento e que,com
lealdade e zelo,serviu até o último instante”. Estando Queluz sob
o domínio dos Legalistas,e parecendo a situação impossível de
reverter para um resultado positivo que premiasse os liberais,o
capitão Marciano deu o seu parecer sobre a situação dizendo que
poderia tomar a vila de Queluz. Assim relata o Cônego Marinho:
“ Propôs ele
então,que se lhe confiassem duzentos homens (talvez tenham dúvida
sobre a eficiência do plano porque lhe confiaram apenas 150),com os
quais iria,naquela mesma noite,sem que o pressentissem os
legalistas,ocupar as estradas de Ouro Preto,Congonhas e Suaçuí;que
no dia seguinte (25 de julho) fosse uma das colunas acampar defronte
a vila,na Estrada do Rio de Janeiro,e outra na de Itaverava,as quais
deviam ir sucessivamente apertando o cerco até que os legalistas se
concentrassem todos na povoação,caso em que lhes seriam tomadas as
fontes e eles,obrigados pela sede,entregar-se-iam à discrição.) “
Assim foi
feito. Marciano,excelente estrategista,com sua proposta,levou os
liberais à vitória. Aliás,Queluz foi o único lugar em que as
tropas Legalistas foram vencidas,para se ver a importância do fato.
Ao amanhecer do dia 26 de julho (data que deve ser comemorada em
nossa cidade),a tropa legalista,com lenços brancos na ponta das
baionetas,entregou-se. “
MORTE DO FILHO
DE GALVÃO
Outro fato também
citado no livro de Marinho diz assim:
“Que as tropas
Queluzianas (liberais) eram comandadas pelo Coronel Antônio Nunes
Galvão,e seu filho Fortunato Nunes Galvão que estava numa sacada de
um casarão (esse casarão é atualmente a Rua Comendador Baeta
Neves,24),e ele havia sido mortalmente ferido por um tiro. E Galvão
tomou ele nos braços,mas o jovem pediu-lhe que voltasse a seu posto
no campo de batalha. O pai entregou seu filho ao médico,pediu para
cuidar dele,e enxugando as lágrimas,antes de voltar a
batalha,exclamou “tenho mais três filhos para sacrificá-los à
causa da liberdade ! “.
PRAÇA BARÃO DE
QUELUZ
Quando comemorou os
300 anos do Arraial dos Carijós (atual Conselheiro Lafaiete),no ano
de 1994,foi colocada uma placa na praça que lembrou a batalha de
1842,acontecida na mesma.
E a Matriz Nossa
Senhora da Conceição durante o combate foi atingida por uma bala,e
também o cruzeiro da mesma.
MARCIANO
Capitão Marciano
Pereira Brandão,nascido no distrito de São Gonçalo
Brandão,pertencente a Conselheiro Lafaiete,em 1807,e faleceu em
28/10/1873 provavelmente no distrito de Santana dos Patos,pertencente
a Patos de Minas-MG.
Marciano após a
revolução foi forçado a sair de Queluz. E com sua família fixou
em Serra do Salitre.
“A REVOLUÇÃO
LIBERAL DE 1842,DEVE SER LEMBRADA COMO O ACONTECIMENTO DE NÍVEL
NACIONAL,MAIS IMPORTANTE JÁ ACONTECIDO EM CONSELHEIRO LAFAIETE”
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