domingo, 17 de novembro de 2019

10 ANOS SEM ALLEX MILAGRE

10 ANOS SEM ALLEX MILAGRE

                                        foto:Site Fato Real (divulgação)

  Hoje faz 10 anos que falecia um dos maiores historiadores de Conselheiro Lafaiete,Allex de Assis Milagre,que faleceu em Conselheiro Lafaiete numa terça feira de 17 de novembro de 2009. E infelizmente eu não o conheci pessoalmente.
Nascido em Conselheiro Lafaiete,em 21 de abril de 1971,filho de José Bonifácio Milagre e Isaura Maria de Assis Milagre.
   Foi Historiador,genealogista,jornalista,foi membro fundador da Academia de Ciências e Letras de Conselheiro Lafaiete (cadeira n° 17 - patrono Monsenhor José Sebastião Moreira);sócio adjunto do Colégio Brasileiro de Genealogia (RJ) e sócio correspondente do Instituto Histórico de Niterói (RJ) e da Academia de Letras de São João del Rei.
  Escreveu artigos para diversos jornais da cidade e região,sobre história e cultura em geral. No Jornal Panorama Cultural,manteve na década de 1990,a coluna "Genealogia Mineira",em que publicou o estudo de famílias queluzense. Foi redator do jornal Correio da Cidade e atuou na área de comunicação da UNIPAC de Lafaiete.
Publicou vários opúsculos. Entre eles "A sociedade São Vicente de Paulo - de Queluz de Minas a Conselheiro Lafaiete" (1995); "Os 250 anos do Bispado de Mariana" (1996);"Queluz de Minas ou Conselheiro Lafaiete ? "(1998); "Padre José Duarte de Souza Albuquerque,1899-1999" (2001) e em 2009 lançou seu livro "Lafayette Rodrigues Pereira - Um ilustre queluzense ",pela Lesma editores.
  Tem trabalhos publicados nas antologias: "poetas Queluzianos e Lafaietenses" (1991) ; "Agenda Santo Antônio de Queluz" (1992) ; "Lafaiete em Prosa e Verso" em várias edições.
  Ele deixou escrito um livro de 124 páginas,que falam sobre as Igrejas Católicas de Conselheiro lafaiete,fala da história delas,visitas pastorais dos Bispos,sinos,e no fim do livro ele escreveu Queluz de Minas 1998, e o nome do livro é "MEMÓRIAS HISTÓRICAS DA FREGUESIA DE NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO DA REAL VILA DE QUELUZ" que são manuscritos inéditos.
Não sei se Allex deixou outros inéditos.
  Allex deixou um blog,que tem título de "Scripta manent" que é acessado:allexmilagre.blogspot.com.br.
  Allex Milagre faleceu em sua residência no centro de Conselheiro Lafaiete,na madrugada de 17 de novembro de 2009,aos 38 anos,e foi sepultado no cemitério Nossa Senhora da Conceição no mesmo dia.



HOMENAGENS AO ALLEX MILAGRE

  Uma resolução n° 010 de 2 de dezembro de 2009,da Câmara Municipal de Conselheiro Lafaiete,denominou o Memorial da Câmara com seu Nome. Porque ele tinha feito o trabalho em 2005,com o nome dos que já foram Vereadores em toda a história de nossa cidade.
   A rua 2 do Bairro Ouro Verde,pela lei n° 5422 de 12 de setembro de 2012,passa a chamar rua Allex Milagre.
Para encerrar vou colocar uma frase latim,uma que foi usada pela Avelina Noronha,em um artigo do Jornal Correio da Cidade,que ela escreveu alguns anos atrás.
"Laudate dignos,honesta actio est. " (Louvor os homens dignos é uma ação nobre)

sexta-feira, 15 de novembro de 2019

CRUZEIRO DA RUA TABAJARAS

 CRUZEIRO DA RUA TABAJARAS


                             
                                  foto:Arquivo Pessoal 15/11/2019


 Esse Cruzeiro ainda existente,localiza dentro da Rua Joaquina Marquês,(onde é um beco),próximo ao final da Rua Tabajaras,no Bairro Carijós,em Conselheiro Lafaiete,hoje ele tem uma cor azul escuro e um galo na parte superior.Antes até celebrava missa mensalmente no local,acredito que hoje não mais se celebra.
  No livro de perdigão,diz assim: "Quase todos os cruzeiros,foram colocados em seus locais,baseados em uma história ou lenda. O cruzeiro da vila Carijós,também tem sua história,que nos foi contada pelo senhor Joaquim Marques Rodrigues.
  Dona Joaquina Marques Rodrigues,numa certa noite sonhou com um cruzeiro luminoso junto a sua casa,e Narrou o fato ao seu marido,José Matias Rodrigues,tendo o mesmo se interessado pelo assunto. Seu Procópio fazendeiro
no Maracujá (Queluzito),foi o fornecedor da madeira para que construísse o cruzeiro. José Clemente foi Carpinteiro,ajudado por Antônio Matos Rodrigues. O galo de alumínio,colocado no alto do Cruzeiro,feito por Augusto do Nascimento,foi fundido nas oficinas da Central do Brasil.
 A autorização para que se colocasse o cruzeiro no local,onde ele se encontra,foi dada pelo então prefeito municipal,Dr. Mário Rodrigues Pereira,em 1940.
  Anos atrás,no mês de maio,faziam ao pé do cruzeiro uma novena que sempre terminava no dia 3,dia de Santa Cruz.
 E no Corpo da Cruz,tinha uma placa que dizia "É proibido colocar velas,fazer macumba,despacho no pé do cruzeiro.Só Deve Colocar Velas Para as Almas".

Fonte: Livro "Cruzeiros de Lafaiete,"de Antônio Luiz Perdigão,de 1990,página 6.
OBSERVAÇÃO:Como o livro foi escrito em 1990,nessa época fazia a novena e tinha a placa citada,hoje não tem mais.

FOTO

                                 
                                   Autor dessa postagem e a filha Lavínia 15/11/2019
                                   foto:Arquivo Pessoal

  "Se fosse vivo o historiador Antônio Luiz Perdigão,hoje ele estaria fazendo 101 anos,e se não fosse por ele não saberia a história desse Cruzeiro. "

sexta-feira, 1 de novembro de 2019

CEMITÉRIOS DE CONSELHEIRO LAFAIETE


CEMITÉRIOS DE CONSELHEIRO LAFAIETE

  Amanha é dia 2 de novembro,dia de Finados,e vou lembrar sobre os cemitérios de Conselheiro Lafaiete. E na área urbana temos os seguintes campos santos.

1 Cemitério Nossa Senhora da Conceição
2 Cemitério Santo Antônio de Queluz (dentro do primeiro citado)
3 Cemitério Municipal Valê do Ipê
4 Cemitério Jardim do Éden

E na zona Rural tem Cemitérios em
1 São Gonçalo do Brandão
2 Nossa Senhora da Boa Morte no Distrito de Buarque de Macedo
3 São Vicente (Tiririca)
4 Passagem de Gagé (reconstruído em 1995)

 1 Cemitérios antigos

  Antes de construir cemitério,os sepultamentos eram dentro ou nos arredores da Igreja Matriz Nossa Senhora da Conceição,isso era feito nos séculos 18 e 19.  O cemitério em volta da igreja foi desativado por volta de 1914. E dizem que o senhor Romeu Guimarães levou algumas ossadas para o cemitério paroquial.
  Segundo Antônio Perdigão o assoalho da igreja era feito de propósito para sepultamentos.
  Mas por questões de saúde tiveram que construir cemitério longe da igreja

1.1 Cemitério paroquial Nossa Senhora da Conceição (fundado em 06 de janeiro de 1887)

                      foto:google maps em 2011

                    
                             foto:google maps em 2011

 O cemitério ele pertence a Paróquia Nossa Senhora da Conceição,localizado na Alameda 2 de novembro no bairro Queluz,e é administrado pelo pároco da Matriz N.S.Conceição.
  Quase no final do século XIX,os padres José Vieira de Souza Barros e depois Padre Américo Adolpho Taitson,fizeram campanhas para a construção de um cemitério paroquial.
  Segundo Antônio Perdigão numa ata da Câmara de 28 de setembro de 1865,foi pedido uma ajuda da igreja para a construção do Cemitério. Mas nada foi feito.
Segundo Allex Milagre em 1886 o Vigário Padre Américo conseguiu uma doação do coronel José Albino de Almeida Cyrino (cel. Zeca Albino) de uma área de 2073 m² para a construção do mesmo.
  No dia 6 de janeiro de 1887 morreu o filho do Zeca Albino,o jovem Adolfo Albino Almeida Cyrino (1866-1887),e sendo assim foi fundado esse campo santo.
  Em 1918 com a febre amarela,padre Américo pediu ao Romeu Guimarães para doar mais terras para o cemitério e assim foi feito. E já em 1938 o Padre Barreto pediu ao Romeu mais espaço e assim foi feito.
  Em 1952 foi cogitado a municipalização do mesmo,mas desde sua fundação,continua sendo paroquial,e na época os vereadores queriam municipalizar mas monsenhor Moreira não aceitou.
  Em 1/11/1968 foi inaugurado a nova fachada do Cemitério,e a inauguração do ossário e da Capela Nossa Senhora do Carmo,à entrada do mesmo,tudo construído pelo Monsenhor José Sebastião Moreira.
Em 1987 foi lembrado o centenário do cemitério,e houve presença do padre João Batista (pároco e administrador do mesmo),Prefeito Vicente Faria,e familiares dos benfeitores do Cemitério (famílias de Zeca Albino,Romeu Guimarães e Avelino Lana).
  O mesmo passa por reformas na fachada,e tem uma área de 26.274,24 m²

 fotos

                                  foto:Mauro Dutra de Faria,cemitério na década de 1970





                   Fotos acima refere a 1987 centenário do cemitério
                   foto:Mauro Dutra de Faria


1.2 Cemitério Santo Antônio de Queluz (fundado em 11 de junho de 1922)


                                   foto:Arquivo Pessoal,2/11/2019
 
 Esse cemitério que localiza dentro do Nossa Senhora da Conceição,foi fundado pelo saudoso historiador Romeu Guimarães (1878-1968),que fundou em 11/6/1922 com a intenção de reservar um espaço para aqueles que pertencem a Irmandade de Santo Antônio de Queluz.
  No passado existia um grande cruzeiro ao centro do cemitério,mas devido aos sacrilégios feitos no local o mesmo foi retirado.
  O espaço tem 1300 m².

1.3 Cemitério das Candeias (desativado )

  Nunca foi um cemitério oficial,era um local provisório devido ao fato de não ter local para enterrar os mortos durante a epidemia de varíola em 1926,que atacou a cidade. Talvez pelo medo de contaminação enterraram nesse local e como não havia muito movimento próximo a antiga Capela Nossa Senhora das Candeias do Bairro Areal,os mortos foram sepultados em volta dessa capela.
  E com a construção da BR 040 muitas ossadas foram removidas.

2 Cemitérios Novos

2.1 Cemitério Municipal Vale do Ipê (fundado em 5 de janeiro de 1985)

  Localizado no Bairro Santa Efigênia,foi iniciado sua construção em 01/09/1983,mas foi inaugurado em 5 de janeiro de 1985,sendo o único municipal na cidade.


                       fotos:Arquivo Pessoal,2019

                        foto: Site Lafaiete Agora

2.2 Cemitério Jardim do Éden (fundado em 1999)

  Localizado no Bairro Gigante,foi inaugurado em 1999,segundo reportagem do Jornal Correio da Cidade.
  Mas devido a problemas com licenças ambientais,só foi liberado sepultamentos por volta do ano de 2000 em diante.

                           foto:google maps

3 Decreto antigo

O Jornal “O momento” n° 145 de 30/11/1968 diz :

...autoriza a construção de cemitérios e determina a construção de cemitérios…

art 3 os cemitérios terão denominação

a) Nossa Senhora da Boa Morte (Buarque de Macedo)
b) Cemitério da Paz (Coração de Jesus)
c) Cemitério da Saudade (Vista Alegre)
d) Cemitério do Bomfim (Gagé).  "

Notas: Somente o de Buarque existe e foi feito. Os outros seriam um no Sagrado Coração de Jesus,o outro próximo ao Campo do Guarani (Vista Alegre) que seria feito pelo Monsenhor Moreira,mas acabou vendendo a área e nada feito.